O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), garante que a Operação Delegada, convênio do município com o Estado para reforço da segurança pública, terá início em fevereiro de 2023. “Temos R$ 500 mil. Vamos iniciar o processo em fevereiro. Já falei com o secretário Estadual de Segurança, por telefone duas vezes e nosso vice, o Luiz Zacarias esteve lá em São Paulo com ele”, frisou o chefe do Executivo andreense, em entrevista ao RDtv.
Paulo Serra ainda garantiu, que apesar de ser atribuição do Estado cuidar da segurança pública, o município tem contribuído para reduzir os índices. Segundo ele, a GCM (Guarda Civil Municipal) recebeu 32 novas viaturas, novo armamento, coletes a prova de balas, além de ser uma das corporações mais bem pagas do Brasil. “Desta forma, com valorização e capacitação ela torna-se uma das forças policial mais importe do Brasil”, destacou Paulo Serra ao discorrer ainda que Santo André conta com monitoramento 24h por meio das mais de 600 câmeras espalhadas pela cidade.
“Em Santo André investimento na qualidade de vida das pessoas, e a qualidade de vida também passa pela questão de segurança”, destacou o prefeito Paulo Serra.
Luta para penas mais duras
Paulo Serra fez questão de citar que, a partir de fevereiro, vai reunir prefeitos e outras lideranças políticas do ABC, para juntos, em uma frente única, mexer no Código Penal. “Não vamos criar nada novo, vamos exigir que as penas sejam cumpridas”, disse. Para ele, as progressões de penas “são convites para a impunidade”.
O prefeito foi indagado se a GCM andreense poderia adotar os mesmo moldes da corporação coirmão de São Caetano, de ter uma função mais ostensiva. “A questão geográfica deve ser pesada e avaliada”, ao complementar que “todos os dias, por causa do videomonitoramento, várias crimes são solucionados ou evitados”.
A ostensividade poderia, sobremaneira, ajudar a reduzir índices criminais. Moradores e comerciantes dos bairro Camilópolis, Parque das Nações e Utinga, por exemplo, reclamam com frequência dos roubos e furtos. O prefeito diz ser preciso analisar os números de ocorrência para, se for preciso, deslocar efetivo para estas regiões, ao lembrar que a questão da segurança é de competência estadual.
Na área do 2º DP (Distrito Policial), que inclui os bairros Utinga, Santa Teresinha e Camilópolis, por exemplo, até novembro do ano passado foram registrados 1272 casos de roubos e 1082 ocorrências de furtos. No ano anterior, em 2021, foram 1088 roubos registrados e 1046 furtos, no acumulado de 12 meses, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.