Guto Volpi (PL), agora prefeito de Ribeirão Pires, afirma não existir “nenhum temor” sobre a judicialização do processo eleitoral. Eleito com 20.529 votos, 38,54% do total válido, o ex-presidente da Câmara de Ribeirão Pires, que tomou posse nesta segunda-feira (09/01) para comandar o Executivo da cidade, diz que a “legitimidade do voto está clara”, a destacar o feito nas urnas.
Para o prefeito, o processo que segue em segunda instância tem que “estancar” e quem foi derrotado “precisa saber perder”. Segundo Volpi, essa judicialização, não só em Ribeirão Pires, tem prejudicado muitos municípios, estados e até mesmo o Governo Federal. “Não é esse o caminho, é preciso respeitar o resultado”, frisa.
Entenda o caso
O Ministério Público, após ser provocado por Gabriel Roncon (Cidadania), MDB e Podemos, apresentou parecer pautado no artigo 14, inciso 7 da Constituição Federal, no qual prevê a inelegibilidade por consanguinidade (afinidade por laços de sangue).
“Assim, possibilitar a candidatura do filho do prefeito cujo mandato foi cassado contraria o objetivo da norma constitucional, bem como permitiria que o prefeito cassado, por interposta pessoa, concorresse ao pleito novamente, haja vista que, conforme demonstrado pelos impugnantes, a campanha eleitoral do impugnado se pautou justamente pela continuidade da gestão municipal do prefeito cassado”, traz trecho do parecer.
Em primeira instância, os advogados de Guto conseguiram garantir validação da candidatura e dos votos, isso porque, Clóvis Volpi (PL) foi cassado, ou seja, o diploma de prefeito foi anulado.
O processo segue para segunda instância. Não há prazo para manifestação do Judiciário.
Autoridades marcaram presença na posse de Guto
O ato de posse de Guto Volpi e do vice Rubens Fernandes foi marcado pela presença de José Auricchio Júnior, prefeito de São Caetano, Thiago Auricchio, deputado estadual, Luiz Zacarias, vice-prefeito de Santo André, Lucas Zacarias, vereador em Santo André e de Leonel Damo, ex-prefeito de Mauá.