Com a chegada do verão e as altas temperaturas, os cães podem sofrer com a estação. Assim, é necessário que os tutores tenham atenção e cuidados especiais, como pelagem e horário de caminhada. É preciso, ainda, ficar ligado a sinais, como cansaço, para o animal não passar mal, sofrer parada cardíaca ou inflamações.
O veterinário e mestre em ciência cirúrgica, Jeferson Vilela, em Rio Grande da Serra, aconselha tomar cuidado quando levar o pet para caminhar na rua. “Escolher os horários mais frescos do dia ou tarde, evitar o período de 10h até 16h e, ainda, longas caminhadas, e se o pet parar, deixe-o descansar”, recomenda o médico.
Bulldogs, boxers e pugs
Vilela relata que algumas raças de cachorros precisam de atenção especial durante o verão quando saem de casa. “Os braquicefálicos, que são os bulldogs, boxers e pugs, são cães que cansam muito fácil e eles entram em hipertermia, a temperatura do corpo dele sobe muito, chega a 42° fácil, com isso o animalzinho pode entrar em convulsão”, afirma ao acrescentar que esses cães precisam de uma caminhada mais devagar e mais demorada.
O veterinário diz que os animais são adaptados à pelagem, têm a função de proteger o pet. “Se o animal for mais peludo ou não vai sofrer no sol, então escolha locais mais agradáveis, eles podem queimar a coxa ou patinha. Para cuidar do pelo, basta ir uma vez por semana no pet shop para dar banho”, explica.
Vilela recomenda, ainda que ao sair de casa é preciso levar alguns itens para acompanhar o pet e o tutor no passeio. “A melhor coisa é levar para o pet a água, não precisa ser gelada, pode levar uma garrafinha, e um petisco, porque ele pode sentir fome durante a caminhada”, comenta.
Outro alerta é sobre os riscos e sinais que o pet pode ter durante o verão. O calor pode causar dermatites, que são as inflamações na pele como se fossem queimaduras, segundo o médico. Podem também gerar câncer de pele, em razão dos raios prolongados em determinados horários. “Quanto mais o tutor observar que o pet coloca a língua para dentro e saliva, é sinal que ele já está com cansaço e a temperatura do corpo está alta, então é aconselhável parar o até mesmo voltar para casa”, diz.
Tutores mudam rotina
Carolina Pereira, tutora do cachorro Pastel, em São Caetano, afirma que mudou os hábitos do pet por causa do verão. Coloca pedras de gelo na água nos dias mais quentes. Além disso, fica atenta ao horário para sair com o cachorro. “Levo ele na rua antes das 10 e depois das 18h, assim o sol está baixo e o asfalto não está tão quente… e quanto está bem quente e às vezes deixamos uma toalha úmida para ele deitar em cima assim refresca”, relata.
Beatriz Souza Soares, tutora do cachorro Arthur, em São Bernardo, relata que tem cuidado especial com o cachorro, devido à longa pelagem. Diz que o pet é sensível ao sol, então aplica protetor solar próprio para animais. A tutora também está sempre em alerta nos períodos que sai com o cachorro. “Passeio com ele apenas no período da manhã, quando o sol não está tão quente e no período da noite, porque ele faz muito esforço e fica extremamente ofegante”, diz.
Beatriz diz que sempre observa a respiração do seu cachorro, por medo de insolação. “Tento deixar o quarto dele o mais arejado possível para que ele se refresque, até comprei um tapete gelado pra ele, quando ele fica num ambiente quente ele fica todo vermelhinho”, comenta.