Reconduzido ao terceiro mandato como deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, com mais de 108 mil votos, Teonílio Barba espera do novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freiras, um olhar voltado à política industrial. Diz que a indústria paulista já foi forte – a arrecadação do ICMS chegou a 59% em 1995 -, mas hoje está em 30% e atribui a evasão das indústrias à guerra fiscal.
Outro ponto que está na mira do parlamentar é o resgate da discussão da Linha Bronze do Metrô, projeto que liga o ABC à Capital. “Essa deveria ser uma pauta em comum entre todos deputados do ABC, prefeitos, sociedade civil, associações comerciais etc”, diz Barba em entrevista ao RDtv.
Na visão do deputado reeleito, o Ministério do Trabalho encabeçado pelo ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, terá a tarefa de discutir e fomentar a relação capital x trabalho. “Queremos uma relação de trabalho moderna, onde sentem à mesa trabalhadores e empresários”, afirma Teonílio para quem o primeiro grande desafio será “remontar a pasta que foi destruída pelo governo Bolsonaro”.
Recentemente, o deputado teve um projeto de lei de sua autoria aprovado com maioria simples, sem manifestação contrária de nenhum deputado. A peça institui a Política Estadual de Trabalho com Apoio para Pessoas com Deficiência. A iniciativa possibilita maior estrutura humana e tecnológica para que as pessoas com alguma deficiência consigam se inserir no mercado de trabalho. Agora o projeto irá para sanção do governador eleito, Tarcísio de Freitas, a partir de primeiro de janeiro de 2023.
Outra prioridade, diz, é discutir emprego para pessoas com deficiência. “Porque não basta fazer leis, promover debates e não ter uma equipe que convença as empresas e o comércio a empregar essas pessoas”, ressalta.
Outra recente conquista alcançada, em conjunto com os outros 93 parlamentares, é o retorno da isenção de IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) aos portadores de deficiência.
Alinhamento com o governo
O parlamentar que integra, hoje, a segunda maior bancada da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), acredita que não será um governo fácil de lidar. Segundo Barba, o governo de Tarcísio está formado, em sua maioria, por ex-integrantes do governo Bolsonaro e o restante é privatista. “Não vejo com bons olhos o governo Tarcísio de Freitas, vejo que é um governo tão privatista quanto o de João Doria, que irá cometer grandes e graves erros”, completa.