
A Câmara de Diadema encerra o exercício de 2022 e vai devolver aos cofres do município R$ 5.452.428,73, de verba a que teria direito, mas não foi utilizada no Legislativo. O presidente da Câmara, Josemundo Dario Queiroz, o Josa, (PT), considera uma quantia importante e que segue a média dos últimos anos, porém neste exercício foram tomadas várias medidas administrativas para a adequação da Casa a apontamentos que há tempos o TCE (Tribunal de Contas do Estado) faz, de recomendar o equilíbrio entre o número de funcionários de carreira e o de comissionados.
O petista diz que a equipe deixou encaminhada para a próxima gestão a realização de concurso público e o planejamento de financeiro que não vislumbra problemas financeiros.
“Tivemos até um aumento do duodécimo que seria para o pagamento do reajuste dos servidores da Câmara, mas que não foi feito porque a negociação sobre o reajuste terminou no segundo semestre e isso invadiria o período de 180 dias para o fim do meu mandato como presidente. Mesmo sem esse valor teríamos devolvido perto de R$ 2 milhões. A previsão para o reajuste já ficou para o ano que vem. É um bom recurso que está retornando para os cofres do município, o que mostra a responsabilidade que tivemos nesta gestão”, relatou Josa ao RD.
Vários avanços foram implantados no Legislativo, nem todos eles são palpáveis para quem não conhece a fundo a administração da Casa, mas todos contribuíram para a eficiência administrativa e a economicidade. “Fizemos uma grande revisão nos contratos e a reforma administrativa visando a redução dos cargos em comissão, criamos condições para um PDV (Plano de Demissão Voluntária) e já deixamos indicado para o início de 2023 a realização de um concurso público. Com isso, em três anos podemos dobrar o número de funcionários de carreira”, listou Josa, que em janeiro passa o posto para o colega de partido Orlando Vitoriano.
“Tudo o que nos propusemos a fazer demos conta; aumentamos a transparência, procuramos maior autonomia do Legislativo e aumentamos a capacidade de interlocução com a população. Deixamos iniciado um importante trabalho de contabilidade e de planejamento para curto, médio e longo prazos”, aponta Josa.
O petista disse que o próximo gestor da Casa terá pela frente a realização do concurso, que já está previsto e terá de enfrentar também o desafio da gestão da frota de carros da Câmara. Há um estudo para terceirização destes veículos que são usados pelos 21 gabinetes. “Foi um investimento feito há quatro anos e os carros depreciaram, há custo alto de manutenção desses veículos. A ideia é entregar para a prefeitura e alugar uma frota mesmo, sai muito mais barato para a Câmara, mas isso o próximo presidente vai ter que encarar”, completa.