ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Natal deve movimentar R$ 302 milhões no ABC, revela pesquisa da Metodista

Entrevistados revelaram pretender desembolsar R$466,11, com uma redução nominal em comparação ao ano passado (Foto: Divulgação)

Após a recuperação de 2021 frente ao Natal de 2020, este ano a data deverá apresentar giro um pouco menor com compras de presentes no ABC paulista. Estima-se para os sete municípios da região uma movimentação econômica de R$ 302 milhões, ou queda nominal de cerca de 1%. Se descontada a inflação de 5,88% dos últimos 12 meses até novembro, a redução real deve ser de 6,5%.

O quadro reproduz o preço médio que consumidores do Grande ABC estão dispostos a pagar por presente neste Natal, que é de R$ 162,50. Comparado aos R$ 165,70 do ano passado, houve redução nominal de 1,95% e real de 7,4%, segundo a Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) da Universidade Metodista de São Paulo.

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Apesar da redução da taxa nacional de desemprego para 8,3% em outubro comparativamente ao mesmo mês de 2021 segundo o IBGE, o rendimento real médio na Região Metropolitana de São Paulo encolheu 12,6%, situando-se em R$ 3.711. Já a massa de rendimento está 7,2% menor na mesma comparação. A este cenário se soma o elevado nível de endividamento e inadimplência das famílias, respectivamente de 79,2% dos brasileiros com dívidas a vencer e 30,3% com dívidas já vencidas, segundo dados de outubro da CNC (Confederação Nacional do Comércio e Serviços).

“São fatores que ajudam a compreender por que o nível de movimentação financeira para compra de presentes está abaixo da média observada no período pré-pandemia, entre 2017 e 2019”, justifica professor Sandro Maskio, coordenador de Estudos do Observatório Econômico da Metodista.

Com relação aos gastos totais planejados (presentes, passeio, ceia etc), os entrevistados pela PIC de Natal pretendem desembolsar R$ 466,11. Em comparação com o gasto programado de R$ 558,80 no Natal de 2021, houve redução nominal de 16,5% e real de 21,23%.

Presentes para os pais

Os principais presenteados pertencem ao núcleo familiar, destacando-se as mães (22,6%), pais (15,7%) e irmãos (10,5%), seguidos dos filhos e casais (em torno de 9%) e os namorados (8,2%). Dentre os presentes mais procurados estão vestuários/calçados (30,7%), perfumes/cosméticos (21%), brinquedos (10,2%) e relógios/joia e bijuterias (6,3%). Esse ordenamento permaneceu estável em relação a 2020 e 2021.

Os estabelecimentos preferidos para compras são os shopping centers (36,9%), seguidos do comércio formal do centro da cidade (25,6%). A Internet (23%), que em 2021 se mostrou a preferida de compras (29%), perdeu participação devido a redução dos níveis de contágio e dos casos graves provocados pela COVID-19, tornando o consumidor mais confiante a realizar compras presenciais.

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