Em razão do novo aumento de casos de pacientes com covid-19 na região, as internações em razão da doença também dispararam em todas as cidades. No período de 15 dias, foi registrado alta de 17,8% no número de internações (de 73 internações para 86 pessoas internadas até o momento).
Neste momento, o município que apresenta maior índice de internados é São Bernardo, que está com 34 pacientes com covid-19 em observação, sendo que 23 estão na enfermaria e outros 11 seguem internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Há 15 dias, o número era ligeiramente menor: eram 26 pacientes internados, sendo que 19 estavam na enfermaria e outros sete na UTI.
Santo André aparece na listagem com pouco menos internações, são 29 pacientes com covid-19 que a Secretaria de Saúde monitora. Deste total, 18 pessoas estão internadas na UTI e outras 11 seguem na enfermaria. Diferente de São Bernardo, há 15 dias, Santo André estava com mais pessoas internadas com covid-19, eram 33 pacientes sob observação, sendo 17 deles internados em UTI e outros 16 na enfermaria. Já Mauá está atualmente com 13 pacientes internados em hospitais públicos da cidade, sendo que três estão em UTI e outros 10 em enfermaria. Na primeira quinzena de novembro, quando observado, eram seis pacientes internados (dois em UTI e outros quatro em enfermaria).
Diadema, que no início do mês estava com sete pacientes com covid-19 internados, sendo quatro em enfermaria e outros três em UTI, também apresentou uma leve baixa, passou para seis internações, sendo quatro em enfermaria e dois em UTI. Na cidade ao lado, em São Caetano, onde até o começo de novembro não havia qualquer tipo de internação por covid-19, atualmente está com quatro pacientes internados em hospitais públicos, sendo três pacientes em enfermaria e um na UTI.
Ribeirão Pires, que no início do mês estava com um paciente internado em enfermaria por covid-19, atualmente não possui nenhum paciente em observação e/ou internado em hospital público. Já Rio Grande da Serra não consta com internações, especialmente porque o município não dispõe de leitos de enfermaria, nem leitos de UTI. Os pacientes da cidade que precisarem de atendimento especializado são encaminhados via CROSS para hospitais estaduais de referência.
Para a infectologista do Hospital Christóvão da Gama de Diadema, Lorena Hornke, o número de internações por covid-19 (tanto em UTI quanto em enfermaria) é proporcional ao número de casos de covid-19 registrados no ABC. “Atualmente há um grande número de pessoas infectadas e o índice de internações não costuma ser grande. Acontece que a proporção de internados é baixa, porém, tende a aumentar quando há um número maior de casos. É proporcional”, diz.
Vacina
Para evitar complicações em razão da covid-19, como é o caso da internação, a especialista chama atenção para a importância de complementar o esquema vacinal, uma vez que o corpo possui um pico de produção de anticorpos (cerca de um a dois meses) e depois uma queda, que facilita que o paciente seja contaminado. “A vacina é a única maneira de reduzir o número de contágio, e o esquema vacinal não completo propicia que a pessoa tenha um risco maior de se infectar”, comenta, ao lembrar, ainda, que o ideal é ter, pelo menos, um intervalo de quatro meses entre uma dose da vacina e outra.