Quase dois meses após o fim do primeiro turno das eleições, o RD fez um novo levantamento sobre os candidatos da região em relação as doações eleitorais. Segundo o levantamento feito no site DivulgaCand, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dos 100 nomes da lista, 97 receberam valores que somados chegam à casa dos R$ 47,9 milhões. Entre os postulantes, nove ainda apresentam dados de dívidas de campanha.
O prazo para a prestação de contas terminou no dia 19 de novembro, um mês antes da diplomação dos eleitos. Até este domingo (27/11), a reportagem atualizou os números de todos os nomes da lista. Entre os federais a soma foi de R$ 32,1 milhões em doações, R$ 31,3 milhões em despesas e R$ 29,6 milhões em despesas contratadas.
O deputado federal reeleito Alex Manente (Cidadania) terminou como o que mais recebeu doações eleitorais, R$ 3,1 milhões. Na sequência apareceram: o parlamentar eleito Fernando Marangoni (União Brasil) com R$ 2,8 milhões; o também eleito Mauricio Neves (PP) com R$ 2,7 milhões; Júnior Orosco (União Brasil) com R$ 2,5 milhões; o deputado Vicentinho (PT) com R$ 2,3 milhões.
Completam os 10 primeiros entre os federais: o vice-prefeito de São Bernardo e eleito deputado Marcelo Lima (Solidariedade) com R$ 2,2 milhões; Sargento Simões (Avante) com R$ 2,174 milhões); Regina Gonçalves (PV) com R$ 2,120 milhões; o deputado estadual eleito Luiz Marinho (PT) com R$ 1,8 milhões); e Nilson Bonome (União Brasil) com R$ 1,5 milhões.
Fátima Pérola Negra (PROS) foi a única da região que não recebeu valores.
Estaduais
Entre os estaduais a soma foi de R$ 15,8 milhões. A primeira-dama de Santo André e deputada estadual eleita Ana Carolina Serra (Cidadania) foi a que mais recebeu apoio financeiro com R$ 1,2 milhão. A deputada estadual reeleita Carla Morando (PSDB) contou com R$ 1,1 milhão. As únicas que ultrapassaram a casa do R$ 1 milhão.
Na sequência aparecem: o deputado estadual reeleito Thiago Auricchio (PL) com R$ 993 mil; o deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) com R$ 935 mil; o parlamentar eleito Rômulo Fernandes (PT) com R$ 934 mil; o reeleito Teonílio Barba (PT) com R$ 902 mil; o também reeleito Luiz Fernando (PT) com 861 mil.
Dr. Paulo Pinheiro (União Brasil), que teve sua candidatura indeferida, teve R$ 731 mil em doações. Neycar (Solidariedade) com R$ 673 mil e Ediane Maria (PSOL), eleita deputada, com R$ 642 mil completa os 10 primeiros. Também eleitos, Atila Jacomussi (Solidariedade) é o 11º com R$ 632 mil e Altair Moraes (Republicanos) é o 14º com R$ 613 mil.
Arquiteto Davi (PV) e Professor Wagner (AGIR) não apresentaram valores doados.
Dívida de campanha
O site DivulgaCand também passou a apontar aqueles que contam com dívidas de campanha. Entre os estaduais o único nome da lista é de Dr. Leandro Altrão (PSB) com R$ 61,4 mil de dívida, porém, com R$ 120,8 mil de sobras de campanha, o que pode cobrir o valor devido.
Entre os federais a lista conta com oito nomes e casos completamente diferentes uns dos outros. Júnior Orosco está com uma dívida de campanha de R$ 395 mil e com R$ 61,36 em sobras. Nilson Bonome deve R$ 29,8 mil e tem R$ 190 em sobras. Symmy Larrat tem R$ 132,1 mil em dívidas e R$ 520 mil em sobras.
Paulão Cayres (PT) em R$ 23,2 mil em dívidas e Lair Moura (União Brasil) aparece com R$ 602,6 mil em dívidas, sendo que ambos não contam com sobras. Vanessa Ferreira (PSB) parece com R$ 15 mil em dívidas e R$ 75 mil em sobras, Cicinho tem R$ 88,5 mil em dívidas em R$ 40 mil em sobras.
Samuel Barbosa (PP) é um caso que chama a atenção. O candidato recebeu R$ 1,4 mil em doações. No total de despesas o valor que aparece no sistema eleitoral é de R$ 266,4 mil. A dívida de campanha registrada é de R$ 265 mil e como sobra de campanha aparece o valor de R$ 14,11.