ABC - quinta-feira , 2 de maio de 2024

Número de mortos em terremoto na Indonésia aumenta em meio a operações de buscas

Enquanto equipes de emergência continuam a trabalhar em áreas onde prédios desabaram e houve deslizamento de terra em busca de sobreviventes, autoridades da Indonésia confirmaram que o número de mortos no terremoto que abalou a principal ilha do país, Java, cresceu durante a madrugada. De acordo com um boletim publicado na manhã desta terça-feira, 22, pela cidade de Cianjur, que concentra o maior número de vítimas, 252 pessoas morreram.

O balanço atualizado aponta que, além dos mortos, 31 pessoas são consideradas desaparecidas. O número de feridos com gravidade é de 300. Outras 600 pessoas tiveram ferimentos leves e 31 são consideradas desaparecidas. O terremoto de 5,6 graus abalou a ilha indonésia de Java.

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A cidade de Cianjur, distante 110 km de Jacarta, foi a mais afetada, pois estava perto do epicentro do terremoto. O tremor fez com que moradores apavorados fugissem para as ruas, alguns cobertos de sangue e escombros, e causou o desabamento de prédios.

Uma mulher disse à Associated Press que, quando o terremoto ocorreu, sua casa em Cianjur começou a “tremer como se estivesse dançando”. “Eu estava chorando e imediatamente agarrei meu marido e meus filhos”, disse a mulher, que se identificou apenas como Partinem. A casa desabou logo depois que ela fugiu com sua família. “Se eu não os retirasse, poderíamos também ter sido vítimas”, disse ela, olhando para a pilha de entulho de concreto e madeira.

No vilarejo de Cijedil, a noroeste de Cianjur, o terremoto provocou um deslizamento de terra que bloqueou ruas e soterrou várias casas, e há relatos de que 25 pessoas ainda estão soterradas, disse Henri Alfiandi, chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate.

“Estamos maximizando as operações em vários pontos onde se suspeita que ainda haja vítimas. Nossa equipe também está tentando alcançar áreas remotas”, disse ele. “Para nós, todas as vítimas são uma prioridade, nosso objetivo é encontrá-las e salvar vidas, retirando-as o mais rápido possível e recebendo ajuda médica.”

Com os hospitais já sobrecarregados, os pacientes deitam-se em macas em tendas montadas do lado de fora, com soros intravenosos nos braços enquanto aguardam tratamento. Muitos dos mortos eram estudantes de escolas públicas que haviam terminado as aulas do dia e estavam tendo aulas extras em escolas islâmicas quando os prédios desabaram, disse o governador de Java Ocidental, Ridwan Kamil.

As primeiras tentativas de resgate foram prejudicadas porque estradas e pontes foram danificadas e pelos cortes de energia, além da falta de equipamentos pesados para ajudar a mover os pesados escombros de concreto. Nesta terça-feira, o fornecimento de alimentação e as comunicações telefônicas começaram a melhorar.

As operações se concentraram em pontos de Cianjur, onde acredita-se que as pessoas ainda estejam presas, disse Endra Atmawidjaja, porta-voz de obras públicas e habitação.

“Estamos correndo contra o tempo para resgatar pessoas”, disse Atmawidjaja, acrescentando que sete escavadeiras e dez caminhões grandes foram mobilizados das cidades vizinhas de Bandung e Bogor para continuar limpando árvores e solo que bloqueavam as estradas.

Caminhões de carga transportando comida, tendas, cobertores e outros suprimentos de Jacarta chegaram nesta terça-feira a abrigos temporários. Ainda assim, milhares passaram a noite ao ar livre temendo tremores secundários. (Com agências internacionais).

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