O governador eleito Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) se reuniu com o governador Rodrigo Garcia (PSDB), nesta quinta-feira (17/11), no Palácio dos Bandeirantes. Após o encontro, o republicano comentou sobre a proposta de aumentar o salário do primeiro escalão em 50%. Segundo Freitas, a ideia é reduzir as perdas do funcionalismo, porém, quer que o debate ocorra “mais para frente”.
Tarcísio considera que os funcionários públicos estão com perdas salariais desde 2019, ano em que houve o congelamento do teto. Como o salário do governador serve como limite para os valores dos vencimentos dos servidores, então a ideia da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa é emplacar este aumento e assim garantir uma atualização dos valores concedidos.
Segundo a proposta que está no Parlamento, o salário do governador passaria de R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89. Do vice-governador atualmente é de R$ 21.896,27 e passaria para R$ 32.844,41, e dos secretários de estado o aumento seria de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.
Transição
Tarcísio e Rodrigo definiram que a transição do governo será realizada a partir da próxima segunda-feira (21/11), no Edifício Cidade I, na rua Boa Vista, na região central da Capital. Os nomes que vão participar do processo serão conhecidos na próxima semana, porém, o futuro governador alertou que não necessariamente os nomes anunciados serão aqueles que vão assumir alguma secretaria.
Ainda sobre esse assunto, Freitas evitou cravar que deputados estaduais e federais eleitos possam ser assumir algumas das pastas como Mário Frias na Cultura e Ricardo Salles no Meio Ambiente, algo que é tentado pelo grupo bolsonarista próxima do ex-ministro.
“Nós temos que ver o papel que cada um vai ter, existem parlamentares que pelo perfil serão muito importantes no Congresso, eu sempre falei em ter uma gestão absolutamente técnica, vocês vão ver pelos nomes que eu vou começar a anunciar que nós não vamos nos distanciar daquilo que nós nos comprometemos ao longo do tempo”, explicou.
Tarcísio também relatou que quer manter o legado do atual governo e buscar mudanças ou modernizações conforme a necessidade. “É muito o que falamos ao longo da campanha. Por exemplo, alguns programas que foram criados como Bolsa do Povo, quero ampliar a abrangência. Queremos estender a bolsa de permanência dos alunos no Ensino Médio para a integralidade do Ensino Médio. Tem a questão do Ensino Profissionalizante, dar continuidade no que está sendo feito no campo da escola de ensino integral, mas colocando o ensino profissional nas escolas de Ensino Médio”, iniciou.
“Entender como tanto o Sistema S quanto as ETECs não conseguem atender o número de vagas necessárias. Têm alguns passos no campo da infraestrutura que temos que complementar, acelerar na medida do possível. A questão da gestão das filas do Cross para que se tenha uma compressão neste tempo de espera, regionalizando. São alguns ajustes finos para que possamos preservar o legado, mas dar continuidade ao atendimento”, completou.
(Informações: Leandro Amaral)