As chuvas voltaram a atingir a região e, com isso, os especialistas em saúde pública acendem alerta para o cuidado com o mosquito Aedes aegypti e as doenças que podem ser causadas por ele, como dengue, zika, chinkungunya e febre amarela. Este ano, Mauá apresentou alta de 33,3% nos diagnósticos de casos de dengue, e para evitar novos casos, o município intensifica atividades educativas e vistoria de agentes.
Em nota, a Prefeitura aponta que foram confirmados 84 casos de janeiro até o momento (54 casos autóctones – contraídos na cidade – e outros 30 importados), enquanto no ano passado, neste mesmo período, foram 63 confirmações (variação de 33,3%). Não houve casos de chikungunya e zika.
Para driblar mais contaminações, são realizadas visitas casa a casa diariamente por agentes de saúde. Além disso, o município fiscaliza 37 pontos estratégicos de proliferação do mosquito, que são visitados a cada 15 dias.
Alta de 7%
Em São Caetano também houve alta no número de registros. De 2021 a 2022 foram 7,05% ocorrências a mais na contagem: o município passou de 85 casos (29 autóctones e 56 importados), para 91 casos de dengue este ano (16 autóctones e 75 importados). Assim como Mauá, o município não registrou casos de zika. Já de chikungunya, foram quatro registrados no ano passado e outros quatro este ano.
De acordo com a Prefeitura, a última fiscalização casa a casa foi feita em setembro deste ano, e a próxima já está prevista para ocorrer em novembro. A cidade ainda conta com 12 pontos de proliferação do mosquito desativados e que são fiscalizados.
Redução de casos
Diferente destas cidades, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires apresentaram redução no número de casos. O primeiro município registrou 213 casos de dengue no ano passado (153 autóctones e 60 importados), 12 de chikungunya (1 autóctone e 11 importados) e nenhum caso de zika. Já em 2022 foram 145 casos de dengue (93 autóctones e 52 importados), 13 de Chikungunya (2 autóctones e 11 importados) e nenhum de zika.
Em 2022, foram confirmados 178 casos de dengue em Diadema, sendo 140 autóctones e 38 casos importados de outras localidades. Em 2021, foram 554 casos confirmados da doença, sendo 305 autóctones e 249 casos importados (contraídos fora do município). Não foram registrados casos de Zika nos anos de 2021 e 2022. Em relação a Chikungunya, não foram registrados casos autóctones, apenas importados de outras localidades. Em 2021, foi confirmado um caso importado e, em 2022, quatro casos importados.
As fiscalizações/visitas pelos agentes de saúde ocorrem de forma contínua durante todo o ano nas residências de famílias cadastradas nos territórios de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A cidade possui 55 pontos estratégicos cadastrados e 40 imóveis especiais, que recebem vistorias diferenciadas. Os maiores pontos de atenção são comércios e atividades que apresentam maior risco de focos do mosquito, como borracharias, reciclagens, eco pontos, ferro velhos, além de locais de grande circulação de pessoas, como shoppings, terminais rodoviários, hospitais, etc.
Já Ribeirão Pires não registrou nenhum caso de zika ou chikungunya em 2021 ou 2022. Entretanto, no ano passado, foram registrados 21 casos de dengue na cidade, dos quais oito são autóctones e 13 importados. Neste ano, foram seis casos registrados, todos autóctones.
Tanto em Ribeirão Pires quanto em São Bernardo, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses realizam atividades preconizadas pelo Ministério da Saúde, como vistoria em imóveis (casas, comércios, empresas, órgãos públicos, terrenos baldios, entre outros) e capacitações, treinamentos, palestras e atividades lúdicas, com o objetivo de conscientizar a população e evitar a proliferação dos agentes transmissores.
Santo André e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento da reportagem.