O mês de outubro é conhecido pela campanha “Outubro Rosa”, que visa levantar pauta sobre a importância do cuidado com a saúde das mulheres, principalmente no combate ao câncer de mama. Em entrevista ao RDtv, o ginecologista Sérgio Makabe, diretor da área de Medicina da USCS (Universidade de São Caetano do Sul) alerta sobre a importância de realizar exames preventivos e tratar o tema para driblar uma das doenças que mais mata no mundo.
Em entrevista, o ginecologista explica que, atualmente, o alerta dos profissionais é para que as mulheres observem o próprio corpo, uma vez que o câncer de mama possui um componente hereditário e que pode aparecer em mais de uma pessoa da mesma linhagem. O médio diz, ainda, que isso ocorre em razão da possibilidade da mutação do cromossomo BRCA, que pode causar o surgimento da doença em mais de uma mulher na mesma família.
“É importante lembrar que o câncer de mama, hoje em dia, é a doença ginecológica que mais acomete mulheres”, afirma. Apesar disso, já existem formas de prevenção muito eficazes, que inicia na detecção precoce, onde o tratamento inicia nos estágios iniciais e tem resultado 96% efetivo.
Além do fator hereditário, o médico aponta que a questão idade é outro ponto que precisa ser observado. “Alguns tumores são mais frequentes depois de uma certa faixa etária. Por exemplo, depois dos 50 anos, os sinais da doença tendem a ser mais relacionados ao próprio corpo da mulher, e hábitos diários não saudáveis podem pré-dispor o câncer”, explica.
Ainda de acordo com Makabe, a prática do autoexame não substitui a necessidade de realizar consultas preventivas. Através da mamografia é possível identificar lesões, nódulos, assimetrias e diagnosticar precocemente o câncer. O médico reforça que este procedimento é necessário, pois “alguns estágios iniciais não aparecem no autoexame”.
Por fim, o médico reforça que, apesar dos casos tratados (em estágios iniciais) terem 90% de chance de cura, o processo de cada paciente é individual. “Vamos analisar tudo, a idade da paciente, o perfil, o tamanho do tumor, etc. Tudo isso é necessário para avaliarmos como prosseguir no tratamento da forma mais adequada”, explica Makabe.