Itália: equipe de Meloni vai passar por série de rituais antes de governar

Com suas dezenas de governos de “porta giratória”, a Itália pode dar a impressão de que formar novas coalizões governantes é um trabalho rápido. Mas o processo pode levar semanas, até meses. Hoje, quando os legisladores recém-eleitos tomaram seus assentos, começou formalmente o trabalho de dar ao país um novo governo.

Giorgia Meloni, que obteve uma sólida vitória nas eleições de 25 de setembro, está bem posicionada para se tornar a primeira líder de extrema-direita de um governo italiano desde o fim da Segunda Guerra Mundial e a primeira premiê feminina. No entanto, vários rituais devem acontecer primeiro.

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Antes de mais nada, os legisladores eleitos terão que tomar os seus assentos no Parlamento dentro de 20 dias da eleição. Há menos legisladores desta vez, com 200 membros no novo Senado, abaixo dos 315 de antes, e a Câmara dos Deputados conta com 400 ao invés de 630. É esperado que o novo presidente da Câmara seja eleito até amanhã.

Meloni também terá que garantir que seus aliados serão maioria no Parlamento, o que provavelmente será o caso, e montar uma coalizão. Para isso, ela terá de sentar com os líderes de cada um dos partidos, o que deve levar aproximadamente dois a três dias. Meloni aceitou organizar as reuniões “com reservas”.

Depois, a nova chefe do Executivo italiano precisará se reunir com Sergio Mattarella, atual mandatário da Itália, para apresentar a sua lista de ministros. Mattarella vetou a escolha de um economista eurocético para o Ministério das Finanças, o que irritou os aliados mais populistas da presidente eleita.

Por fim, o novo governo precisará enfrentar um voto de confiança em cada câmara do Parlamento, como parte de um processo que ocorrerá dentro de dez dias desde a formação do Gabinete. Só então o governo é considerado plenamente no poder.

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