Palmeiras se irrita com arbitragem, fala em ‘erro grosseiro’ e passa recado à CBF

Palmeiras mais uma vez mostrou irritação com a arbitragem (Foto: Reprodução/SE Palmeiras)

Fato que tem se tornou rotineiro em 2022, o Palmeiras mais uma vez mostrou irritação com a arbitragem. O diretor Anderson Barros e o auxiliar João Martins, que substituiu o suspenso Abel Ferreira no Mineirão, detonaram a atuação do juiz cearense Marcelo de Lima de Henrique no triunfo do time alviverde por 1 a 0 sobre o Atlético Mineiro.

São dois os lances que motivaram a reclamação pública do clube paulista: um pisão em Atuesta dentro da área e a anulação do gol de Breno Lopes no fim da partida. Nas duas ocasiões, o VAR não interveio e Marcelo de Lima Henrique optou por ratificar a decisão que havia tomado, provocando a ira dos palmeirenses.

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“Viemos disputando um Campeonato Brasileiro dificílimo, extremamente competitivo, viemos jogar dentro do Mineirão com uma equipe como a do Atlético-MG e mais uma vez tivemos a interferência da arbitragem e principalmente do VAR”, disse, em tom de irritação, Anderson Barros, repetindo o que fizera há dois meses contra o Ceará em Fortaleza, onde o time também foi prejudicado.
Barros chamou de “grosseiro” a decisão de não marcar penalidade em cima de Atuesta e vociferou e demonstrou profundo incômodo com a escolha do VAR de não agir. A ferramenta tecnológica ficou sob a responsabilidade de Rodrigo Carvalhaes de Miranda na partida entre Palmeiras e Atlético-MG.

“O árbitro pode ter tomado a maioria das decisões corretas, mas quando necessitou daquela que seria a ferramenta que facilitaria as decisões, mais uma vez um erro extremamente grosseiro ao não marcar o pênalti no Atuesta e sequer chamar o árbitro para uma revisão”, contestou.

O dirigente fez sua reclamação publicamente em decorrência da pressão da torcida e também porque entendia ser necessário passar um recado à CBF. “Precisamos chamar atenção da diretoria de arbitragem, da CBF… Não podemos permitir que isso aconteça numa reta final de competição como essa, num campeonato tão difícil como é o Brasileiro”, argumentou.

Barros se antecipou à entrevista coletiva de João Martins. O auxiliar, minutos depois, corroborou o discurso do diretor e evidenciou seu descontentamento também com a atuação disciplinar de Marcelo de Lima Henrique. O auxiliar considerou que o árbitro foi complacente com as entradas violentas de alguns jogadores atleticanos, principalmente Zaracho, que acertou uma tesoura em Atuesta.

“Temos alguns jogadores condicionados devido a algumas entradas do Atlético-MG. Houve muitas delas à margem da lei. A cada falta que faziam, iam cercar o árbitro. O árbitro tinha receio de fazer o trabalho dele. Se fosse o contrário, não acabaríamos com 11. Certeza absoluta”, desabafou.

Os erros de arbitragem não impediram que o Palmeiras mantivesse o embalo e aumentasse ainda mais sua vantagem na liderança do Brasileirão. São 60 pontos somados, nove a mais que o vice-líder Fluminense. O time de Abel Ferreira completou 19 rodadas, isto é, um turno inteiro na primeira colocação e ostenta a marca de ser o único time que não perdeu fora de casa no Brasileirão. São oito vitórias e seis empates em 14 partidas.

Na próxima segunda-feira, quando enfrenta o Botafogo, no Rio de Janeiro, tentará melhorar ainda mais os já expressivos números no torneio e espera não haver mais falhas dos árbitros.

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