O candidato a presidente, Léo Péricles (UP), foi entrevistado no RDtv desta sexta-feira (19/8). O presidenciável destacou a falta de convites para participar de debates eleitorais e a proposta de aumentar a participação popular nas decisões de governo, principalmente através de plebiscitos e referendos. Um dos objetivos é dar ao povo o poder de revogar as reformas que foram instituídas nos últimos anos como a trabalhista, a previdenciária e a o teto de gastos.

Para o mineiro de Belo Horizonte, o formato é uma alternativa constitucional de mostrar que um governo pode governar sem o apoio do chamado Centrão. E que a proposta também visa ressaltar a importância da urna eletrônica para a democracia brasileira.
“E eu falo de alargar a democracia, porque não deveria ser usado somente de dois em dois anos. A nossa proposta é de pelo menos usar a urna eletrônica de seis em seis meses, e se precisar até mais. Para que? Para fazer referendos revogatórios. O que é isso? É revogar leis que foram aprovadas contra o interesse do nosso povo. E o que é mais democrático, 513 deputados, alguns senadores e um bando de tecnocrata ligado aos bancos e às grandes empresas ou chamar 157 milhões de pessoas para tomar a decisão?”, questionou Léo.
Outro ponto defendido pelo candidato é uma auditoria na dívida pública. O objetivo é conferir os números para que se tenha mais dinheiro para investimentos nas áreas consideradas como essenciais em seu plano de governo: Saúde, Educação, Saneamento e Moradia.
Léo Péricles acredita que o povo está em busca de mudanças, e quando questionado sobre a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o presidenciável vê que o único modo de quebrar tal situação é permitir a participação de todos nos debates, algo que na sua visão não tem qualquer impeditivo nas leis.
Péricles está em sua terceira tentativa eleitoral. Em 2008 foi candidato a vereador pelo PDT. Em 2020 colocou seu nome como candidato a vice-prefeito pela Unidade Popular. As duas tentativas foram em Belo Horizonte.