A Câmara de Rio Grande da Serra aprovou nesta quarta-feira (13/7) a formação da CEI (Comissão Especial de Inquérito) apelidada de ‘CEI do Pix’, que visa investigar tudo que está em volta das denúncias feitas pelo ex-servidor Gabriel Campagnoli e as ações de um dos processos de cassação contra o ex-prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB). Dos três vereadores que vão fazer parte da comissão, dois são da atual base oposicionista.
O primeiro integrante anunciado é o governista Marcelo Cabeleireiro (PSD), pois foi o primeiro a assinar o pedido de CEI e assim teve o direito de entrar diretamente na comissão. No sorteio foram sorteados Elias Policial (Podemos) e Roberto Contador (Avante), ambos estavam na base de apoio de Claudinho. Porém, Elias foi um dos 10 vereadores que votaram a favor da investigação, enquanto Roberto foi um dos que votaram contra.
Os três vão se reunir nesta quinta-feira (14/7), às 13h, para a definição de quem vai presidir a CEI, que será o relator e quem será o membro. A comissão terá 90 dias para realizar toda a investigação.
Motivo
A ideia da CEI é entender qual denúncia de Gabriel Campagnoli é a correta. A primeira, realizada no ano passado, acusando a Câmara de supostamente forjar provas contra o ex-prefeito. Ou a segunda, deste ano, em que alega que foi supostamente comprado pelo então secretário de Governo, Admir Ferro, para mentir para a Justiça e assim tentar impedir a cassação de Claudinho da Geladeira. Além disso, serão investigados supostos casos de suborno envolvendo dinheiro público.
Clima tenso
Durante o debate houve uma tensão entre o vereador Marcelo Akira (Podemos) e os vereadores da base governista. Akira questionou os colegas sobre o parentesco de alguns secretários nomeados pela prefeita Penha Fumagalli (PTB) com os integrantes da base aliada. Tal fato foi alvo de debates até mesmo fora do plenário.
Akira afirmou que foi hostilizado do lado de fora por alguns parlamentares e pediu as imagens das câmeras de segurança. Governistas alegaram que o oposicionista não respeitou suas famílias, sendo que alguns chegaram a levantar a hipótese de ir a Comissão de Ética e apresentar denúncia contra Marcelo.