O custo da cesta básica volta a sofrer alta em mais um mês deste ano. Levantamento feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta que houve aumento de 0,57% no valor da cesta básica no mês de junho, em comparação ao mês anterior. Segundo os dados, o valor chega a R$ 1.076,83 e na pesquisa foram avaliados 34 itens de alimentação, limpeza e higiene, suficientes para abastecer uma família com dois adultos e duas crianças, por um mês.
Os itens que mais sofreram elevação neste mês foram o café (15,15%), batata (17,25%) e a cebola (39,26%), em relação ao mês anterior. “Estes foram os vilões deste mês, mas ainda outros itens também pesam que no orçamento total da compra como a margarina, que teve uma elevação de 5,12% e óleo com crescimento de 7,23%. Estes dois itens a alta se dá muito por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia que elevou o preço dos grãos como a soja e o trigo, por exemplo”, explica Fábio Vezzá de Benedetto, engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa de preços, em entrevista ao RDtv, desta terça-feira (7/6).
Entre os itens de alimentação, o tomate registrou a maior queda de preço, cerca de 28,18%, seguido pelo leite com uma queda de 7,63% no custo e pela banana, que registrou baixa de 7,04%. “Nesse período mais frio o preço das frutas cítricas, legumes e folhagens fica mais em conta, portanto vale a pena optar por estes alimentos, economizar na compra e garantir uma alimentação mais saudável. Por conta do aumento do óleo, talvez seja o momento de repensar a alimentar e diminuir o consumo deste item”, orienta Vezzá.
Outro dica importante é evitar os períodos próximos ao pagamento para efetuar as compras. O agronômo orienta as compras em semanas posteriores ao período comum dos benefícios e durante a semana. “Nesses períodos é possível pesquisar e encontrar mais promoções, é uma outra maneira de economizar. Outro ponto, com o preço elevado do café, que já atinge cerca de 58% de aumento, com relação ao ano passado, também é o momento de optar por outra bebida, como os chás”, afirma.
Entre as carnes, a de frango sofreu uma elevação de 4,42% e a carne de segunda (acém) teve um crescimento de 2,39%. “A carne de primeira (coxão mole) teve uma queda no preço de 1,14%. Muitas pessoas não gostam, mas uma boa opção é o consumo da carne de porco que está mais barata e também é muito saborosa”, diz Vezzá.