
Substituição de medicamentos e reserva de ampolas apenas para pacientes internados são algumas alternativas encontradas por algumas das prefeituras do ABC para enfrentar a falta de dipirona no mercado. O medicamento usado para o controle da dor e febre, vem faltando em hospitais de todo o país desde o início de abril e trata-se de um remédio de difícil substituição. As prefeituras pouco têm a fazer senão aguardar a normalização da oferta no mercado pelos fabricantes. O Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) fez no mês passado um alerta ao Ministério da Saúde sobre o problema.
A primeira prefeitura a fazer o alerta da falta de dipirona foi a prefeitura de Mauá. De acordo com administração falta o remédio tanto na rede particular como pública e isso se deve a alta demanda desses medicamentos durante a pandemia e o consequente aumento no preço das matérias-primas, o que desestimulou a fabricação e o envase em muitos laboratórios. “A forma em comprimidos ou em gotas desses remédios não foi atingida, o desabastecimento envolve apenas a fórmula injetável. A substituição dos medicamentos com estoques mais baixos por outros com efeitos equivalentes é uma alternativa momentânea, mas é realizada com cautela e avaliada apropriadamente pelas equipes médicas competentes, pois outros remédios podem apresentar contraindicações ou possibilidade de efeitos adversos”, informou em nota.
A prefeitura de São Bernardo só não está com a dipirona injetável em falta por conta de um plano de contingência. “No momento não há desabastecimento de dipirona, devido ao plano de contingência adotado, no qual o medicamento é prescrito em gotas e comprimidos para os pacientes que não tem problema de deglutição. As ampolas, que estão em falta no âmbito nacional, estão sendo reservadas aos pacientes internados”, explicou o paço são bernardense.
Diadema também enfrenta dificuldades para comprar o medicamento, mas diz que ele ainda não está faltando nas farmácias das unidades médicas, porém o estoque é suficiente para apenas dez dias. A prefeitura informou que e há “limitação momentânea de compra de anti-inflamatório e antiemético (medicamento usado evitar vômito). Na falta de um item, quando há possibilidade, o mesmo é substituído por outro medicamento da mesma classe terapêutica disponível na Relação Municipal de Medicamentos (Remume)”, relatou a secretaria de Saúde diademense em nota.
A prefeitura de Ribeirão Pires informou que tem estoque suficiente para atender a atual demanda e das próximas semanas e que não há desabastecimento nas unidades. A prefeitura informou, no entanto que já estão faltando carbonato de cálcio com vitamina D e metformina 850mg.
São Caetano informou que está com dificuldades para comprar a dipirona, mas o produto ainda não está faltando nas prateleiras. “Temos estoque para 3 meses na dispensação de comprimidos e gotas. Na rede hospitalar temos estoque do injetável para 45 dias”.
Apenas Santo André não relatou dificuldades com a dipirona. “Informamos que a distribuição do medicamento encontra-se normalizada no município. Todas as unidades dispensadoras estão abastecidas com as três apresentações do medicamento: comprimidos, injetável e gotas”, diz nota do paço andreense.
A prefeitura de Rio Grande da Serra, não informou.