Com objetivo de ampliar o acesso aos alimentos e refeições e garantir a alimentação de moradores em situação de vulnerabilidade social, Diadema está em processo de implantação do primeiro restaurante Bom Prato, em parceria com o Governo do Estado, previsto para iniciar as atividades no segundo semestre deste ano. A nova unidade estará localizada na região sul da cidade e visa atender moradores dos bairros Inamar e Eldorado.
Serão ofertadas 1.300 refeições e 300 cafés da manhã. O local já foi escolhido pela Prefeitura, que aguarda posicionamento do governo estadual sobre as adequações necessárias. Em entrevista ao RDtv, desta quarta-feira (13/4), Geraldo Antônio da Silva, secretário de Segurança Alimentar da cidade fala sobre os motivos que levaram à escolhada região para implantação da unidade. “A secretaria de assistência social, por meio do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), percebeu que na região sul há uma demanda alta de moradores em situação de vulnerabilidade, por isso decidimos optar em um atendimento que abrangesse esses moradores”, explica.
Segundo o secretário, a unidade do restaurante Bom Prato reforça os atendimentos realizados pelo programa municipal de restaurantes populares. Em 2021, as duas unidades – Campanário e Serraria, forneceram mais de 378,9 mil refeições. Foram mais de 218,2 mil no restaurante popular Serraria e outras 160,6 mil no Campanário. “Para se ter ideia do aumento da demanda, de janeiro até o momento, os dois restaurantes já fizeram quase 200 mil refeições. Os restaurantes fecham quando acabam a comida e as unidades estão encerrando os atendimentos às 13h, pois já forneceram a meta do dia”, afirma Silva e reforça que o aumento da demanda se deve pela pandemia.
A implantação do Bom Prato faz parte das ações de ampliação da segurança alimentar em Diadema. Em março, a cidade aumentou o número de entidades sociais cadastradas junto ao Banco de Alimentos. “Hoje são mais de 50 entidades, que atendem famílias em situação de vulnerabilidade. Quem necessita de atendimento deve estar cadastrado no Cadastro Único e ser atendido por uma dessas entidades, que são responsáveis pela distribuição dos alimentos”, explica o secretário.
Para atender a demanda, a secretaria trabalha com apoio de outras pastas, para rastrear a população que mais precisa de ajuda. “Trabalhamos em conjunto com a assistência social, educação, saúde e fundo social, que também nos indicam alguma situação mais urgente a ser atendida”, afirma Silva. “É um desafio, pois a demanda aumentou, mas as doações diminuíram. Por isso, buscamos parceiros o tempo todo, para garantir a entrega desses alimentos. A pandemia afetou também aqueles que doam”, diz.