O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (PP-MG), declarou em entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (12/01), que já iniciou estudos geológicos para evitar novos desastres ambientais. O trabalho é reflexo da discussão acerca da responsabilidade sobre prevenções que deveriam ter sido tomadas para evitar o risco que visitantes morram com desastres naturais, como o que aconteceu no último dia 8, quando parte de um cânion desabou sobre lanchas e matou pelo menos dez pessoas no Lago Furnas.
Enquanto representantes do Corpo de Bombeiros, da Guarda Ambiental, Polícia Civil e Prefeitura têm imputado responsabilidade à Marinha do Brasil diante do controle da exploração turística da área, os trabalhos preventivos contra desabamentos têm sido discutidos desde o ano passado entre as autoridades. “Poucas pessoas sabem, mas estamos falando sobre o assunto desde janeiro de 2021, quando aconteceu uma tromba d’água que também deixou vítimas no início do ano passado”, relata o prefeito.
De acordo com o chefe do executivo, na oportunidade, polícia, bombeiros, agentes da defesa civil e especialistas ambientais se uniram para investigar a região e traçar estratégias e planejamentos para prevenção. “Definimos ações a curto, médio e longo prazo com comunidade, marinheiros e hotéis. Acontece que não foi o suficiente, e sabemos da necessidade de intensificar os acompanhamentos e investigações de área”, declara.
Diante do ocorrido, Silva afirma que iniciou um trâmite (com prazo de 45 a 60 dias para entrega), para exploração da área junto a equipe ambiental, Corpo de Bombeiros e polícias, a fim de ampliar o acompanhamento geológico dos pontos turísticos da região. “Já temos regulamentação com o número de lanchas que frequentam o local, a frequência de visitantes, mas agora vamos intensificar os estudos em cima da questão geológica, para saber o que aconteceu e entender melhor os riscos”, explica.
Apesar de representar 80% da economia do município, o prefeito da cidade diz que a partir de sábado (12) abrirá mão dos passeios turísticos e que “durante o período de análise e estudos geológicos, a região ficará fechada para evitar novas tragédias – principalmente para os que gostam de passear de lancha pela região”.