O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB), anunciou aos seus aliados que entrará novamente na Justiça com um pedido de mandado de segurança para impedir as duas sessões extraordinárias convocadas para a próxima sexta-feira (10/12) para avaliar os dois pedidos de cassação contra o tucano. O chefe do Executivo também busca apoio popular para evitar uma possível saída antecipada do cargo.
A decisão por um novo mandado de segurança aconteceu após a sessão extraordinária desta quarta-feira (8/12), pois o presidente da Câmara, Charles Fumagalli (PTB), convocou as sessões durante o processo. Como o Legislativo já está em recesso, o entendimento do Governo é que apenas o prefeito teria poderes para convocar uma sessão neste período.
As sessões vão acontecer às 10h e 18h, respectivamente. Uma analisará o processo por questões administrativas a partir de um pedido de um comerciante da cidade que considera que Claudinho não cumpriu com suas obrigações junto ao município. O segundo pedido é do vereador Claudinho Monteiro (PTC), em cima do resultado da CEI (Comissão Especial de Investigação) do Fura Fila da Vacina, por causa de uma servidora da Secretaria de Serviços Urbanos que tomou uma das doses do imunizante contra o Covid-19 no período em que apenas servidores da Saúde poderiam ser imunizados.
Claudinho da Geladeira já entregou suas defesas, negando qualquer participação em irregularidades, sendo que no segundo projeto de cassação o prefeito afirma que houve um problema burocrático que não constou a transferência de setor da servidora em questão.
Além da tentativa na Justiça, Claudinho iniciou um processo de campanha popular contra o impeachment. Tanto em suas redes sociais quanto para contatos no WhatsApp, o prefeito compartilhou um vídeo em que uma senhora, não identificada, faz uma defesa ferrenha de suas ações do governo e questiona os motivos para a tentativa de cassação, inclusive indagando sobre a possibilidade de impeachment pelo fato do chefe do Executivo ser negro, tecla batida por diversas vezes nas últimas semanas, principalmente a partir de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Nos comentários do vídeo é possível ver uma divisão entre aqueles que querem e aqueles que não querem o impeachment.
(Informações: Leandro Amaral)