O TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) divulgou nesta semana os dados do Painel Covid-19 referentes ao mês de outubro. Comparados os gastos entre maio e dezembro do ano passado, ou seja, antes do período de vacinação, e os que foram feitos neste ano com o avanço da imunização na região e a queda dos dados de casos e mortes, houve uma queda de 29,35% no combate ao novo coronavírus. Na soma, o ABC já investiu R$ 2,1 bilhões, somando também os repasses estaduais e federais.
Os dados divulgados pela Corte de Contas ficaram públicos em maio de 2020, dois meses após o início da quarentena para o isolamento social e sem qualquer perspectiva de data para a vacinação. Neste período as prefeituras disponibilizaram R$ 665,2 milhões para leitos, hospitais de campanha, compra de medicamentos e contratação de pessoal. O governo do Estado repassou R$ 65 milhões e o governo federal repassou R$ 528,6 milhões até o final do ano.
GASTOS COM COVID-19 NO ANO |
2020 (ENTRE MAIO E DEZEMBRO |
2021 (ATÉ OUTUBRO) |
DIF |
DIADEMA |
R$ 106.033.513,85 |
R$ 51.056.035,15 |
-R$ 54.977.478,70 |
MAUÁ |
R$ 41.379.196,82 |
R$ 46.445.442,99 |
R$ 5.066.246,17 |
RIBEIRÃO PIRES |
R$ 11.336.663,71 |
R$ 8.712.114,84 |
-R$ 2.624.548,87 |
RIO GRANDE DA SERRA |
R$ 4.124.713,59 |
R$ 335.888,97 |
-R$ 3.788.824,62 |
SANTO ANDRÉ |
R$ 123.794.957,53 |
R$ 158.293.735,86 |
R$ 34.498.778,33 |
SÃO BERNARDO |
R$ 249.958.933,47 |
R$ 253.237.919,24 |
R$ 3.278.985,77 |
SÃO CAETANO |
R$ 128.612.142,40 |
R$ 92.860.027,32 |
-R$ 35.752.115,08 |
ABC |
R$ 665.240.121,37 |
R$ 610.941.164,37 |
-R$ 54.298.957,00 |
A vacinação começou em 17 de janeiro. Entre fevereiro e julho ocorreu a chamada “segunda onda”, quatro vezes mais letal que a primeira. Apesar deste cenário dividido entre a esperança da imunização e o aumento por algum período do número de casos, internações e óbitos, os investimentos da região foram menores.
Entre as sete prefeituras os gastos ficaram em R$ 610,9 milhões até outubro, uma queda de 8,16%. Mauá, Santo André e São Bernardo foram as únicas cidades do ABC que investiram valores maiores do que no ano anterior.
REPASSES ESTADUAIS |
2020 (ENTRE MAIO E DEZEMBRO |
2021 (ATÉ OUTUBRO) |
DIF |
DIADEMA |
R$ 6.005.304,50 |
R$ 3.431.528,48 |
-R$ 2.573.776,02 |
MAUÁ |
R$ 5.671.980,00 |
R$ 3.523.302,00 |
-R$ 2.148.678,00 |
RIBEIRÃO PIRES |
R$ 1.558.843,88 |
R$ 1.627.750,00 |
R$ 68.906,12 |
RIO GRANDE DA SERRA |
R$ 1.198.081,02 |
R$ 0,00 |
-R$ 1.198.081,02 |
SANTO ANDRÉ |
R$ 10.875.736,62 |
R$ 11.137.760,76 |
R$ 262.024,14 |
SÃO BERNARDO |
R$ 36.103.997,61 |
R$ 37.633.979,71 |
R$ 1.529.982,10 |
SÃO CAETANO |
R$ 3.672.247,00 |
R$ 5.998.581,14 |
R$ 2.326.334,14 |
ABC |
R$ 65.086.190,63 |
R$ 63.352.902,09 |
-R$ 1.733.288,54 |
Os repasses estaduais somaram R$ 63,3 milhões, um valor 2,66% menor do que o de 2020. Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo e São Caetano conseguiram um repasse maior por parte do comando do Palácio dos Bandeirantes em comparação ao ano anterior. Sobre os repasses federais, a queda foi de 59,3%, sendo que todos os municípios seguiram com tal redução no recebimento desses valores.
REPASSES FEDERAIS |
2020 (ENTRE MAIO E DEZEMBRO |
2021 (ATÉ OUTUBRO) |
DIF |
DIADEMA |
R$ 85.772.791,64 |
R$ 17.089.976,91 |
-R$ 68.682.814,73 |
MAUÁ |
R$ 38.276.010,73 |
R$ 14.934.890,92 |
-R$ 23.341.119,81 |
RIBEIRÃO PIRES |
R$ 13.349.897,48 |
R$ 3.701.904,38 |
-R$ 9.647.993,10 |
RIO GRANDE DA SERRA |
R$ 3.860.524,24 |
R$ 188.304,57 |
-R$ 3.672.219,67 |
SANTO ANDRÉ |
R$ 145.562.933,91 |
R$ 67.530.631,57 |
-R$ 78.032.302,34 |
SÃO BERNARDO |
R$ 202.871.800,69 |
R$ 79.210.548,28 |
-R$ 123.661.252,41 |
SÃO CAETANO |
R$ 38.929.368,34 |
R$ 32.483.770,33 |
-R$ 6.445.598,01 |
ABC |
R$ 528.623.327,03 |
R$ 215.140.026,96 |
-R$ 313.483.300,07 |
Atualmente a região já conta com mais de 70% de sua população totalmente imunizada. A preocupação segue sendo com as pessoas que ainda não se vacinaram e que correm um maior risco neste momento. Mas levando em conta a queda dos números e o calendário para a aplicação das doses de reforço para os maiores de 18 anos e a possibilidade de vacinação das crianças entre 5 e 11 anos, não há perspectiva de reforço nos investimentos de combate à covid-19 para hospitalização.