O PSDB anunciou nesta terça-feira (23/11) a contratação da empresa RelataSoft para substituir a Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul para a conclusão da votação das prévias para escolher o candidato do partido para presidente. Porém, a preocupação interna não está apenas na conclusão do pleito, mas na imagem que ficará. Para o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), houve um “arranhão” no partido e que apenas a união no pós-prévias será o caminho para “superar o vexame” no tucanato.

Apoiador e um dos principais coordenadores da campanha do governador gaúcho, Eduardo Leite, Serra considera que o momento não é para troca de farpas entre os tucanos, mas de conclusão segura das prévias e de união entre o vencedor e os vencidos após o dia 28 de novembro, data de conclusão da eleição.
“Temos que ficar juntos para oferecer para o país uma via que possa furar essa polarização, o que já é um desafio enorme e difícil, os números mostram isso. Então não dá para ficar agora, dentro de casa, com essa troca de narrativas”, explicou.
Desde o último domingo (21/11), o governador paulista, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, uniram-se para tentar emplacar o cenário de que Eduardo Leite seria contra a conclusão da votação, o que o gaúcho negou de forma veemente por diversas vezes.
A estimativa do partido é que apenas 8% dos 44 mil votantes conseguiram garantir sua escolha. Nomes como o senador licenciado José Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não conseguiram votar, nem mesmo Paulo Serra.
“Para votar em Brasília (na urna eletrônica) tinha que fazer um cadastro, mas como eu só iria para lá na hora do almoço e voltaria para Santo André para uma inauguração, e com medo do atraso do avião, eu fiz o meu cadastro para votar pelo aplicativo. Às 7h55 quando tentei votar já não estava funcionando. Tentei por 10 vezes e não consegui votar”, explicou.
Segundo a direção nacional, os votos já computados serão armazenados no novo sistema e não serão perdidos. Ao ser questionado sobre a margem para reclamações após as prévias, o chefe do Executivo andreense considera que apenas um bom debate interno pode superar os problemas e fazer com que a legenda consiga partir para a próxima fase, ou seja, o debate sobre as propostas que serão apresentadas para o Brasil e para os demais integrantes da chamada “terceira via”.