Pobreza cresce 12% em Diadema e Fundo Social intensifica ações

O aumento de 12% no número de famílias na linha da pobreza ou abaixo dela em Diadema acendeu alerta para o Fundo Social de Solidariedade promover novas ações para ajudar as mais de 29 mil famílias cadastradas no CadÚnico na cidade. Uma das iniciativas, criada em virtude da pandemia e desigualdade mais acentuada, é de combate à pobreza menstrual, que atinge principalmente comunidades com maior vulnerabilidade social.

A ação ‘Ciclo do Bem’ segue em paralelo à campanha contra a fome, segundo a primeira-dama Inês Maria de Filippi, presidente do Fundo Social de Solidariedade, durante entrevista ao RDtv. “Temos ainda a mobilização para discutir o tema, principalmente em comunidades, pois ainda hoje é um tema tabu, que perpassa por todas as classes sociais, mas a pobreza se localiza nas camadas menos favorecidas”, salienta.

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Nesta semana o Executivo apresenta projeto na Câmara para a ação se tornar política pública, e facilitar o acesso aos itens de higiene íntima. “O legislador e executivo tem todo um movimento da sociedade que empurram novos temas e trazem respostas a essas reivindicações […] assim, o projeto de lei deve ter novas explanações, que envolvem as secretarias de Saúde e Educação, além da Assistência e Fundo Social”, explica.

A pobreza pode afetar diretamente o futuro das mulheres, diz Inês, já que a falta de aulas na escola desencadeia uma série de problemas, além do preconceito e desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. “A mulher fica distante na vida social diante aos homens. Formação menor, mercado de trabalho, são questões que começam em situações, como a do absorvente, e têm reflexo na discriminação, falta de acesso etc. É uma discussão profunda essa lógica perversa da sociedade sobre as mulheres”, afirma.

Todas as doações de itens de higiene, como absorventes, sabonetes e desodorantes, serão enviadas para pessoas em situação de vulnerabilidade e cadastradas no CadÚnico; adolescentes aprendizes (que totalizam 200 meninas), pessoas situadas no ambulatório trans; população em situação de rua e EJA (Educação de Jovens e Adultos), públicos alvos considerados principais pela presidente.

Inês salienta que a população deve fazer parte das ações de combate à pobreza menstrual e quem puder contribuir para as campanhas, pode realizar a doação na sede do Fundo Social, localizado na rua Almirante Barroso, 160, de segunda a sexta-feira em horário comercial, ou também nas UBSs da cidade. Além disso, quem preferir, pode realizar doação em dinheiro pelo PIX: 19034328000157.

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