Lucy Montoro será inaugurada em Diadema, 1.097 dias após fim da obra

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O governador João Doria (PSDB) visitará Diadema nesta quinta-feira (7/10) para a entrega da unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, no segundo andar do Quarteirão da Saúde, na região central. O equipamento será entregue sete anos após a assinatura do protocolo entre o Município e o Estado, e 1.097 dias após a entrega do local que ficou parado, causando problemas para o equipamento da Saúde.

Nos últimos dias, o prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. (PT) e o deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) visitaram o local que já recebia os aparelhos que serão utilizados por aqueles que realizaram seus tratamentos no centro de especialidades do município. O espaço de 2 mil metros quadrados contará com os serviços de fisiatria, oftalmologia, educação física, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e serviço social, e a capacidade de atender diariamente 250 pessoas.

O anúncio da entrega aconteceu em agosto com a visita do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), porém, na época ainda não se sabia a data oficial para o início dos trabalhos, o que foi acertado após o agendamento feito diretamente com Doria. Tal assunto estava na lista de pedidos da cidade e que foi entregue pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

Histórico turbulento

O equipamento teve sua assinatura de protocolo feita em 2014, entre o então prefeito Lauro Michels (PV) e o então governador Geraldo Alckmin (PSDB). Por três oportunidades a obra foi paralisada, pois as empresas que ganhavam a licitação para a reforma do local alegavam falência e deixavam a intervenção.

Neste período também foi registrado no local roubo de equipamentos por um casal que conseguiu entrar com facilidade no interior do prédio devido a falta de segurança.

Em 27 de março de 2018, em seus últimos dias como governador antes da renúncia para a disputa do cargo de presidente, Alckmin fez a entrega do prédio da Rede Lucy Montoro, no mesmo dia em que entregou a unidade da Fábrica de Cultura. Então restava apenas a licitação para que uma Organização Social de Saúde (OSS) ocupasse o local, o que não ocorreu prontamente.

A inauguração do serviço virou um dos temas das diversas promessas dos então candidatos ao comando do Palácio da Cerâmica. Doria chegou a afirmar que entregaria o serviço ainda no primeiro ano. Porém em 2019 não houve prosseguimento e em 2020, com a pandemia do Covid-19, qualquer licitação foi paralisada.

Michels chegou a pedir para o Governo do Estado que fossem instalados leitos para os infectados pelo novo Coronavírus, mas não foi atendido. Em 2021, já na gestão Filippi, a área chegou a receber leitos de enfermaria bancados pela própria Prefeitura. Com a queda do número de internados em decorrência da vacinação, o local pode ser ocupado para ser entregue.

(Informações: Carlos Carvalho e George Garcia)