USCS leva projeto piloto de variáveis de saúde para escolas de São Caetano

Em projeto piloto com escolas da rede municipal de São Caetano, a USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) vai extrair dados sobre as variáveis de saúde das crianças e adolescentes, que deve incluir avaliações antropométricas, de percentual de gordura, força e teste de resistência cardiorrespiratória, de modo a identificar cenário em que a Universidade possa propor intervenções e aprimorar as práticas no contexto extra escolar.

Os testes, realizados em 2011, englobaram mais de 8 mil estudantes da cidade, mas desta vez, irá comparar resultados de dois anos diferentes para nova aplicação. Assim, a previsão do docente de Educação Física da USCS, Daniel Leite Portella, é que a tendência seja de resultados piores do que os vistos há 9 anos, tendo em vista que a pandemia piorou o cenário da Saúde da população, em vários aspectos, no País. “Esperamos um cenário mais complicado do que o que vimos há alguns anos”, reflete.

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O projeto ocorre em parceria com a Seeduc (Secretaria Municipal de Educação) da cidade, para implementar novas medidas na rede de ensino e ocorre de forma inicial com 600 alunos dos fundamentais 1 e 2 e no Colégio USCS, e tem a participação de três alunos, dois do programa de iniciação científica, com bolsa CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1 do colégio universitário e 1 da graduação), além de um do mestrado de Ensino em Saúde da Universidade.

O início dos testes está previsto já para o próximo dia 19, com conclusão para novembro e resultados apresentados em dezembro deste ano, e Portella explica, em entrevista ao RDtv, que a coleta dos dados é de suma importância para o planejamento e que São Caetano já apresenta bom engajamento dos alunos nas aulas de educação física, no entanto, a ideia é que as avaliações sobre índices físicos dos alunos ocorra de forma anual. “O ideal seria semestral, mas não sei se é uma realidade nossa”, reflete. “Isso retorna os dados de saúde variáveis dessas crianças e a ideia no futuro é que isso vire uma política pública na cidade”, salienta.

Exercícios de força e cardiorrespiratórios são orientado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para ocorrer 7 dias por semana, segundo o docente, mas as aulas de educação física nas escolas, apesar de não atenderem a necessidade todos os dias, servem para inserir e estimular o esporte na vida pessoal e extracurricular dos alunos, que devem ser engajados principalmente na infância.

Com isso, diversos benefícios são levados para a vida das pessoas de forma física e mental. “São inúmeros benefícios, e a gente pode dividir em diversos domínios do ser humano, como no aspecto psicológico”, diz. “A gente fala muito de saúde mental, mas temos também fatores biológicos, de desenvolvimento motor e tudo isso tem muita relação com a atividade física no desenvolvimento cognitivo desses alunos”, completa.

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