ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

ABC alcança 745 mil inadimplentes, segundo Dirigentes Lojistas

Levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo junto ao SPC e ao Serasa aponta que 745 mil moradores do ABC estão com o nome sujo e assim não tem crédito na praça para realizar compras. Ao RDtv desta quinta-feira (30/9), o diretor jurídico da Federação e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Caetano, Alexandre Damasio Coelho, relatou outros motivos que levam à queda do ticket médio nas compras para o Dia das Crianças e para o Natal.

Alexandre Damasio falou sobre o impacto do aumento de impostos para os lojistas (Foto: Reprodução)

O crescimento na taxa de inadimplentes na região ultrapassou a marca dos 100% durante a pandemia, em decorrência na falta de emprego e na prioridade no pagamento de contas essenciais como água e esgoto, energia elétrica e alimentação. Tais fatos somados a inflação que nos últimos doze meses está acumulada em 10% fez com que o poder de compra caísse, gerando consequências para os lojistas.

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“Isso se transfere em termos de aquisição de compra em duas grandezas. Primeiro, zelo com o ticket, a tendência é que o ticket médio das compras seja menor, mantendo ou diminuindo. Nós temos uma pesquisa interna que fala que 35% do ticket médio será mantido em relação ao cenário de 2020 e 36% do índice é de queda do ticket médio de compra na data do Dia das Crianças e entendemos que vai se repetir também no Natal”, explica Alexandre.

Uma das esperanças está no aumento do número de pessoas vacinadas contra a Covid-19, fato que gera maior confiança para deixar sua casa e frequentar locais de compra. Coelho explica que um dos principais pontos para os lojistas está no consumo por impulso, ou seja, a pessoa que resolve frequentar um centro comercial e acaba comprando outros produtos além daqueles que estavam previamente na lista.

A retomada deste tipo de consumidor é um dos cenários previstos para aqueles que vão consumir, porém, com a tendência de fuga das lojas com os produtos mais caros, o que acaba beneficiando os chamados lojistas de rua.

Alexandre Damasio Coelho também chama a atenção para que o Poder Público Municipal possa agir para fortalecer os varejistas, principalmente para que as licitações públicas para alguns setores possam ser atendidas por empresas locais. “Será que uma Prefeitura não precisa de vassouras? Será que não precisa de um produto de limpeza? Imagine um grupo de boleiras, o quanto que elas podem ajudar na merenda escolar. Considero que os municípios precisam pensar fora da caixinha para conseguir ajudar os varejistas que hoje é o grupo que mais emprega, principalmente os mais jovens”, completa.

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