Ao decorrer dos anos, aparelhos celulares se tornaram capazes de auxiliar nas mais diversas ações. Com isso, se tornaram uma peça cada vez mais presente na rotina do cidadão. No entanto, o uso inapropriado desses eletrônicos pode acarretar em eventuais dores de cabeça para os usuários. No RDtv desta quinta-feira (30/9), o professor e coordenador dos cursos de Engenharia da FSA (Fundação Santo André), Mário Garcia, falou sobre as principais formas de proteger dados pessoais.
Com a oportunidade de encontrar as mais variadas possibilidades na palma da mão, os aparelhos celulares e aplicativos disponibilizados nos mesmos, logo se popularizaram entre as pessoas, que aderiram ao seu uso para momentos de lazer e, até mesmo, de trabalho. Esse hábito, consequentemente, também aumenta os riscos do ambiente virtual. “Quando se instala um aplicativo, mesmo que gratuito, existem propagandas dentro dele. De uma forma ou de outra, você paga a assistência que dá ao anúncio”, explica.
Garcia frisa que, ao clicar em um anúncio dentro destes aplicativos, o algoritmo é atualizado para enviar novas propagandas ao usuário, referente ao tema selecionado. “Você começa a receber uma enxurrada de informações, o que pode fazer com que perca um pouco o controle”, diz. O professor conta que, ao fazer isso, a pessoa também abre o seu aparelho para uma visualização externa, de modo que suas informações pessoais podem ser coletadas, como por exemplo, dados bancários e fotos que, em seguida, são transmitidas para bancos de informações externas. “A instalação deve ser muito consciente, não há nada gratuito. Quanto mais desconhecida a fonte, maior o risco da sua segurança”, completa.
Ao citar os recentes métodos de transferência de dinheiro, como o Pix e WhatsApp, o coordenador dos cursos de Engenharia da FSA orienta o público a usar o maior número de senhas de segurança possível, além de outras maneiras de se proteger. “Confirmação em dois níveis, como o próprio WhatsApp possui e te pede uma senha, para confirmar que o usuário é você mesmo; manter o aparelho sempre atualizado, porque nas atualizações se corrigem problemas de invasão e vulnerabilidade que o equipamento tenha”, exemplifica.
Mário reforça que a busca pela própria segurança é de suma importância, até mesmo, em caso de perda do aparelho. De acordo com o professor, os usuários devem se atentar ao número do IMEI – International Mobile Equipment Identity (Identidade Internacional do Aparelho Móvel, em tradução livre) de seu celular. Por se tratar de um número imutável, assim que constatada a perda, o responsável deve comunicá-lo à operadora, de modo que o aparelho é desconectado do sistema.
Para uma proteção maior, Garcia ainda indica a instalação de antivírus nos aparelhos eletrônicos. “A busca por antivírus tem crescido bastante. Há muitos que você compra para o computador e que, automaticamente, já lhe dão condições para salvar no celular”, relata. O profissional também orienta as pessoas que possuem menos experiência com a tecnologia, a procurar ajuda com alguém que tenha um conhecimento mais amplo sobre o tema e garantir que o aparelho esteja seguro.