O ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não compareceu a reunião desta quinta-feira (19/8) da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da OAS, na Câmara são-bernardense. Irritado com a situação, o relator Julinho Fuzari (DEM) entrou com um requerimento para que a Casa de Leis entre na Justiça pedindo a condução coercitiva do ex-chefe do Executivo para a que oitiva ocorra na próxima semana.
Marinho deveria ter realizado seu depoimento na semana passada, porém, pediu para que o encontro ocorresse nesta quinta. A Comissão aceitou e remarcou a oitiva, porém, o petista não apareceu. Tal fato acabou gerando irritação no grupo e principalmente em Fuzari.
“Assim ele (Marinho) demonstra total desrespeito com essa Comissão, com essa Casa de Leis, por isso eu quero apresentar um requerimento para que possamos solicitar ao Poder Judiciário a condução coercitiva do depoente para segunda-feira (23/8), às 15h30”, disse o vereador.
A intenção dos integrantes da CPI é questionar Luiz Marinho sobre as acusações de que houve um esquema de propina em relação às obras da OAS no município durante os anos de 2013 e 2016, em sua segunda gestão. Os fatos foram afirmados por Léo Pinheiro, ex-integrante da empreiteira.
Outro lado
“O ex-prefeito Luiz Marinho esclarece que está à disposição da CPI para prestar os devidos esclarecimentos e que não compareceu à sessão marcada para esta quinta-feira (19/8) por não ter tido acesso, em tempo hábil, à cópia integral dos autos, conforme solicitação feita à Câmara pelos seus advogados, na data de 18 de agosto de 2021, às 13h22. O pedido se deu em razão de acusações públicas e, portanto, notórias, revestidas de falácias criminosas de depoentes na referida CPI contra a sua honra. Marinho, em nenhum momento, se recusou a falar na CPI, apenas espera que lhe seja o garantido o amplo direito de defesa, conforme previsto na Constituição”, disse em nota