A metodologia de ensino nas escolas tem sido cada vez mais inovada, com objetivo de melhorar a educação e o aprendizado dos alunos. Apesar das dificuldades em plena pandemia, no Colégio Singular o ensino também foi inovado com a implementação do modelo STEAM, método tradicional utilizado em escolas internacionais para integrar conhecimentos da ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática.
Em entrevista ao RDtv, o diretor de vestibulares, Paulo Roberto de Francisco, comenta que o modelo se baseia na criação de um projeto dos alunos, que utilizam as diferentes matérias e serão orientados pelos professores envolvidos. “Sai da situação tradicional que tudo gira em torno do professor e o aluno passa a ser protagonista”, explica. “Dessa forma, os professores participam junto, mas entra na interdisciplinaridade, pois as questões que misturam”.
O projeto será desenvolvido com alunos a partir do 1º ano do Ensino Médio, e teve que envolver investimento além da sala de aula. “Não basta chegar e investir em um laboratório, tem que capacitar o professor, para sair daquilo que está acostumado”, diz Francisco ao citar que se faz necessário um trabalho em grupo, com remanejamento de equipe e treinamento de professores. “É um processo gradativo na educação”, salienta.

Segundo o diretor, o modelo de educação é forte no Estados Unidos desde a década de 1990, mas ainda é pequeno no Brasil, e se assemelha com um mestrado nas universidades, em que os alunos são assistidos e orientados durante um projeto proposto pelo Colégio. Mesmo com o atraso da implantação do STEAM nas unidades da rede, Francisco declara que já foi possível desenvolver um tema com os alunos.
“A aula expositiva não acabou e nem tem como acabar, mas vai haver uma mudança com os professores que ainda precisam ser treinados”, afirma. Além disso, o professor lembra que o STEAM não abrange todas as matérias, mas o aluno passa a ter atuação mais ativa nas disciplinas. “O tema deste ano é ligado a própria unidade, sobre a transformação dos resíduos sólidos e líquidos da escola, então os alunos têm que desenvolver propostas”, explica.
Número de matrículas melhorou
Apesar da pandemia, o diretor de vestibulares afirmou que o Singular tem recebido saldo positivo de novos alunos e interessados em se matricular no próximo ano. “Não tenho percentual, mas sei que a procura tem sido bastante grande e já tem muitas reservas de matrículas para o ano que vem”, diz. “O número de alunos que entraram após o início das aulas foi grande, com transferências, seja por falta de qualidade nos outros colégios, insatisfação com os anteriores, ou etc, tem muitas pessoas chegando”, completa.