Se o ritmo da vacinação contra a covid-19 continuar como está em Diadema, até o final de julho a cidade vai conseguir chegar até a população de 20 anos tendo vacinado mais de 120 mil pessoas no mês. A cidade começou a vacinar pessoas de 39 anos ou mais no dia 01/07 e até este sábado (10/07) a prefeitura vacina as pessoas de 35 anos ou mais. A secretária municipal de Saúde, Rejane Calixto Gonçalves, participou do RDTv desta quinta-feira (08/07) e disse que as equipes da saúde têm capacidade de vacinar até 10 mil pessoas por dia e que a vacinação só não avança mais porque depende do recebimento de doses do Plano Estadual de Imunização.
Rejane estima que o público de 30 a 39 anos seja composto por cerca de 63 mil pessoas na cidade, número muito parecido com os moradores com idades entre 20 e 29 anos. “Recebemos um número maior de doses e conseguimos planejar essa semana com a antecipação das faixas etárias, isso para nós é motivo de satisfação é um trabalho bastante intenso com muito cuidado para aproveitar todas as oportunidades. Assim que recebemos, imediatamente já vacinamos, temos feito isso desde o início”, comentou a secretária em entrevista ao jornalista Leandro Amaral.
Diadema é uma das cidades que tem avançado mais nas faixas etárias da vacina contra a covid-19 no Estado e se a disponibilidade de vacina ajudar, a cidade deve terminar de vacinar o público de 18 anos antes da meta estadual que é 15 de setembro. “Temos dependência do fornecimento das doses, mas se continuar da forma que vêm nos fornecendo a gente acredita que vai chegar no comecinho de setembro vacinando toda a população maior de 18 anos. Nossa capacidade é de vacinar 10 mil pessoas por dia, tivemos um sábado que vacinamos 12 mil”, comenta Rejane.
Nesta sexta-feira (09/07) todas as unidades de saúde estarão abertas para a vacinação, além do posto montado no Teatro Clara Nunes. Nestes locais serão vacinados os moradores com 35 anos ou mais. No sábado a vacinação vai ser apenas no Quarteirão da Saúde, para uma repescagem daqueles com idade maior da faixa atual, mas que ainda não foram vacinados, também serão feitas segundas doses. Em Diadema não é preciso agendamento, basta comparecer ao local de vacinação das 8h30 às 16hs com documento de identificação e comprovante de endereço.
As segundas doses, segundo Rejane Calixto, são um problema, não apenas em Diadema como em todas as cidades. De acordo com o levantamento feito até esta quinta-feira (08/07) 2.585 pessoas não tomaram a segunda dose. “Se pensar no número total parece muito, mas isso representa 1,65% do total de quem tomou a primeira dose. As UBSs têm feito busca ativa para buscar essas pessoas e a prefeitura tem feito campanhas de conscientização, falando que a imunização só se completa com a 2 doses”, disse a secretária que completa dizendo que a administração tem feito campanha também para vacinar as grávidas, cuja cobertura é pequena, e também conscientizar as pessoas de que todas as vacinas são seguras.
Crianças
Em abril um episódio ocorrido na UBS do Jardim das Nações, trouxe preocupação com o sistema de vacinação. Cinco crianças foram vacinadas por engano com doses da coronavac. Segundo a secretária Rejane Calixto as crianças com idades entre 7 meses e 4 anos foram acompanhadas durante 42 dias por médicos da cidade e pelo governo do Estado e nenhuma delas teve qualquer efeito colateral da vacina, ao contrário, nos três exames sorológicos realizados todas apresentaram produção de anticorpos. “Elas ficaram imunizadas e não tiveram nenhuma reação adversa. Graças a Deus o desfecho foi satisfatório”, disse a secretária.
Leitos
A prefeitura de Diadema estava na noite desta quinta-feira (08/07) com 75% dos leitos de UTI ocupados. A cidade chegou a ter 100% dos leitos ocupados há um mês, por isso o reforço para a vacinação das pessoas abaixo dos 39 anos porque, segundo a secretária, os casos mais graves atualmente ocorrem em pessoas mais jovens. Ela também falou sobre a variante Delta do novo coronavírus, mais transmissível. “Estamos trabalhando firmemente na vacinação e incentivando o uso máscara, distanciamento e higienização das mãos; essas medidas não podemos deixar de lado porque vem a nova variante para nos desafiar”, finaliza.