Em um período de seis meses, Ribeirão Pires registrou alta em 75% no número de casos de dengue, passou de 12 diagnósticos em 2020 para 21 este ano. Diante da alta preocupante, o médico veterinário responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Paulo Sérgio dos Santos, adverte em entrevista ao RDtv para cuidados que devem ser tomados para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
O médico acredita que, apesar de alto, os registros da doença poderiam ser ainda maiores, uma vez que as pessoas tem evitado idas a hospitais, por conta da pandemia. Assim, o município tem trabalhado para evitar novas contaminações e possíveis surtos. Para evitar a o contágio, pontos estratégicos foram avaliados na última quarta-feira (30/6) para um maior controle dos locais com propensão à criação do mosquito, como cemitérios e borracharias.
O veterinário destaca o processo de nebulização realizado na Vila Suíça, em que focos de água parada foram encontrados no bairro. “É um local positivo de larvas e do mosquito”, diz. “Houve ainda o caso de uma pessoa doente. Tivemos que lidar com a eliminação do mosquito e não apenas do foco”, conta. A nebulização ocorre após a constatação do mosquito na região, assim, Paulo Sérgio enfatiza a necessidade de conscientização dos moradores, para que evitem a água parada.
Orientação
O CCZ ainda faz um trabalho de levar orientação aos moradores em suas residências. O veterinário alerta que há muitas maneiras do mosquito pode se proliferar. “Muitas vezes as pessoas não se atentam, pensam que é só pratinhos de plantas, pneus, garrafas pet ou latinhas, mas não, às vezes, até mesmo dentro de casa pode-se encontrar foco de larva. Devemos entender que qualquer lugar que possa acumular água, pode se tornar um foco”, completa.
De acordo com o profissional, alguns dos sintomas da dengue são dor de cabeça e febre alta e, apesar de se assemelharem com os da covid-19, ele ressalta que a doença transmitida pelo mosquito ainda apresenta manchas vermelhas pelo corpo. Caso haja o surgimento desses sintomas, um médico deve ser procurado o quanto antes.
Munícipes que constatarem possíveis focos de larva devem ligar no CCZ. Uma equipe se dirigirá até o local para coletar o material e dará as orientações adequadas para que o morador proceda em segurança. O Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires funciona das 8h às 12h e das 13h às 17h e pode ser contatado através do telefone (11) 4824-3728. (Colaborou Gustavo Lima)