Dia dos Namorados deve fazer consumidor gastar 28% mais

Região deve movimentar R$ 64 mi no Dia dos Namorados (Foto: Pedro Diogo)

O Dia dos Namorados (12 de junho) deste ano será diferente para o comércio. Isso porque, na região, o consumidor pretende gastar, em média, R$ 231 para fazer as compras para a data, valor 28% mais alto do que a média verificada no ano passado, quando os casais desembolsaram a média de R$ 169 na compra de presentes (descontando a inflação). As informações são da PIC (Pesquisa de Intenção de Compra), divulgada pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista.

O coordenador de estudos do Observatório, Sandro Maskio, explica que o valor a ser gasto este ano não inclui somente o presente, mas também outros programas como almoços e jantares. “A expectativa para este ano é de que as pessoas invistam mais nos presentes e programas dentro de casa. Os passeios serão deixados um pouco de lado, ainda que apareçam brevemente na pesquisa”, explica o professor e responsável pelo estudo.

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Tendo em vista somente o presente, Maskio explica que o casal deve desembolsar, em média, R$ 186, um acréscimo de 14% em comparação aos R$ 152 gastos em 2020. “Na pesquisa notamos que peças de vestuário, itens floricultura e perfumaria tem chamado atenção no ranking, entre 15% a 29% da população espera investir nos itens”, aponta o pesquisador. Enquanto isso, os livros aparecem na terceira posição da pesquisa, com 8,3% dos entrevistados que planejam a compra, justificado pela mudança de comportamento e mercado editorial, que apontou crescimento nos últimos meses com lançamento de obras em versões digitais.

Diante dos resultados, Maskio explica que os números representam o que a população mais buscou ao longo da pandemia. “Com o isolamento social as pessoas passaram a ler mais, intensificaram o autocuidado, e agora buscam essas opções na hora de pedir ou comprar um novo presente para o companheiro(a)”, sustenta.

A pesquisa deste ano aponta, ainda, que cerca de 22,1% da população pretende presentear o marido, enquanto 15,6% pretende presentear a mulher. Já entre para os que querem presentear a namorada, a previsão de é 23,8%, com queda em relação ao ano passado, enquanto o namorado está em 30,3%. “Acreditamos que o isolamento social tenha feito com que os casais de união estável se aproximassem, enquanto os casais de namorados – principalmente os jovens – fossem afetados, ainda mais com o desemprego que está em alta”, justifica.

Segundo o professor, nos últimos 10 anos, essa foi a maior proporção de casais estáveis que pretendem se presentear na data. “A pandemia reforçou o vínculo afetivo dos casais estáveis em 47%, conforme pesquisa. Houve reforço no relacionamento enquanto percebemos que os casais de namorados se afastaram”, reforça.

Procura pelo e-commerce cresce 59,4%

Com o agravamento da economia em todo o mundo, muitas empresas se adaptaram ao e-commerce para manter seus negócios abertos. Diante da disponibilidade e grandes ofertas no mercado virtual, o estudo revela que a maioria dos consumidores no ABC (quase 60% da população) pretende adquirir o novo presente pela internet ou via redes sociais.

Para o pesquisador, com a gama de ofertas e opções na internet, quem ganha no fim das contas são os consumidores, que pagam mais barato e usufruem de mais opções. No entanto, é necessário se planejar com antecedência. “A pandemia trouxe a possibilidade do consumidor poder escolher com mais praticidade e receber os produtos de forma rápida em casa, isso fez com que o e-commerce alavancasse”, pontua.

Depois do virtual, os shoppings aparecem como o segundo serviço mais procurado para a data, mas também com serviço de entrega (13,2%), enquanto a busca presencial nos centros de compras e no comércio de rua está em (9,4%), diferente do ano passado, quando lideravam preferência dos consumidores.

Do total de entrevistados, cerca de 81% dos consumidores afirmam já estarem aptos aos meios eletrônicos para comprarem seus produtos. Apesar desta motivação, a estimativa é de que R$ 64 milhões sejam movimentados no ABC, quantia 5% maior que 2020, o que não motiva o comércio regional. “Isso é uma nova realidade que o comércio precisa se adaptar. O atual contexto obrigou, e uma boa estratégia para o comércio local alavancar suas vendas é investir nas vendas via site e redes sociais”, sugere.

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