Lojas continuam a desrespeitar restrições de funcionamento em Diadema

Lojas Pernambucanas abre com justificativa de atender como correspondente bancário. (Foto: Reprodução)

Apesar de o Estado de São Paulo ter deixado desde domingo (11/04) a fase emergencial, os municípios ainda estão na fase vermelha, com restrições para a circulação de pessoas e funcionamento do comércio. Porém, alguns estabelecimentos comerciais em Diadema, como já denunciado pelo RD também na fase emergencial, continuam a atender o público de forma discreta, com meia porta aberta. A Prefeitura garante que tem fiscalizado, mas o que se vê nas ruas é prova de que a fiscalização não tem funcionado. Até grandes redes de loja permitem a entrada de clientes.

O morador de Diadema, Augusto (pediu para que seu nome completo não fosse revelado) disse que diariamente vê clientes que entram e saem com sacolas de lojas no Centro da cidade. O que chama atenção é que não é o pequeno comerciante que dribla a fiscalização para funcionar, são grandes redes, como a Pernambucanas, que vende roupas, eletrônicos e utensílios para o lar. A rede, que tem loja na Praça Castelo Branco, no Centro, tem mantido uma das portas abertas por onde entram e saem clientes. “É um abuso, enquanto o pequeno comerciante se esforça para cumprir a lei, uma rede grande que não precisa disso tem entra e sai de cliente todo dia, é uma muvuca lá dentro”, reclama o consumidor.

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Em nota, a assessoria de imprensa da Pernambucanas informa que a unidade de Diadema tem atendido clientes como correspondente bancário, embora esta não seja a atividade fim da rede. “A Pernambucanas informa que a loja localizada na Praça Castelo Branco, centro de Diadema, vem prestando serviço de correspondente bancário, a fim de atender as demandas dos clientes. Esse atendimento vem cumprido as rigorosas regras de segurança para garantir a saúde e bem-estar dos seus clientes e colaboradores”, diz o comunicado.

A Prefeitura informa que a fiscalização é diária e que “tem conseguido que a maioria dos estabelecimentos respeite as restrições”. Informa, ainda, que entre 06/03 e 09/04, enquanto perdurou a fase emergencial, foram feitas pela fiscalização 1.100 orientações, 240 advertências, 87 notificações, 4 lacrações e 5 inquéritos instaurados pela Policia Civil, por crime contra a saúde pública.
A nota da Prefeitura também diz que não apenas os fiscais, mas os GCMs (guardas civis municipais) têm atribuição de orientar e autuar lojas que infringem os decretos municipais, como o 7.912, de 9 de abril, que traçou as normas da atual fase vermelha na cidade, na qual está liberado para o comércio a retirada de mercadorias. Além dos guardas, a fiscalização conta com apoio de algumas secretarias. “Todos os estabelecimentos estão sujeitos à fiscalização. GCMs e demais fiscais não têm priorizado multar, mas orientar. Porém, aqueles já orientados estão sujeitos a outras penalidades mais severas, inclusive o fechamento”, informa.
O RD também indagou a administração sobre o funcionamento de floriculturas. A resposta é que o funcionamento desta atividade está permitido “devido ao grande número de velórios e sepultamentos”. Os casos de falecimento por covid-19, que justificam o número maior de enterros, no entanto, não contam com velório e o sepultamento é direto.

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