
Em 26 de dezembro do ano passado, o jovem Gabriel Cardoso Garcia, 21, faleceu após ser atropelado por um caminhão, que avançou o sinal vermelho, na avenida Doutor Ulisses Guimarães, altura do n° 2615, na vila Nogueira, em Diadema. Sem prestar socorro, o motorista fugiu sem deixar rastros, pois as câmeras de vigilância da prefeitura na região não funcionavam no momento do ocorrido. O rapaz, que estava parado em sua moto no momento da fatalidade, foi socorrido por amigos que estavam no local, mas não resistiu.
Semanas depois, ainda sem conseguir fazer justiça pelo único filho, a mãe de Garcia, Eliene Cardoso, se indigna e busca desesperadamente por amparo. “Meu filho faria 22 anos no dia 11 de janeiro. Alguém matou a única coisa que eu tinha na vida e não houve justiça. Destruíram a nossa família, os nossos sonhos”, desabafa.
Por causa da demora da chegada da polícia e dos bombeiros no momento do acidente, uma amiga da família levou o rapaz até o hospital. “Quando o resgate chegou no local do acontecido, o meu filho já estava no hospital. Ele foi socorrido por amigos”, conta a mãe. Sem registros de câmeras de segurança da rua, e apenas uma foto do caminhão, sem que a placa esteja visível, a família aguarda investigação da polícia.
“Estamos nós mesmos, familiares, atrás desse caminhão. Divulgamos em todas redes sociais. Já busquei informação de todos, mas não encontrei nada de concreto”, diz. Eliene Cardoso ainda fala sobre a preocupação com outras famílias. “Essas carretas que passam por aqui todos os dias, por volta de 0h, estão sempre muito sujas, com a placa escondida e em alta velocidade. Pode acontecer com qualquer um”, afirma.
Questionada, a Secretaria de Segurança Pública informa que o caso é investigado como homicídio culposo e fuga do local do acidente pelo 2º DP de Diadema, que instaurou inquérito policial. A unidade realiza a oitiva de testemunhas e busca por imagens de câmeras de monitoramento que auxiliem na identificação e prisão do autor do crime.
A prefeitura de Diadema informou que o sistema de videomonitoramento da cidade estava desativado, mas ressalta que “tem como meta melhorar a segurança pública da cidade retomando o investimento nesse tipo de tecnologia”.