A aproximação do ex-governador e pré-candidato a prefeito na Capital, Márcio França (PSB) e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), está animando o pré-candidato ao Executivo de Santo André, Ailton Lima (PSB). Em entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (19/08), os socialistas fizeram duas críticas ao governador João Doria (PSDB) e relataram sobre o cenário pré-eleitoral em cada município.

Taxado como um candidato mais próximo do PT em 2018 quando tentou a reeleição para o comando do Palácio dos Bandeirantes, França resolveu ter uma aproximação maior da figura de Bolsonaro para angariar o apoio dos eleitores bolsonaristas que teoricamente estão chateados com Doria pela tentativa do tucano de descolar sua imagem do presidente.
Apesar da estratégia, o ex-governador pondera sobre um possível apoio presidencial. “A história é a seguinte, o Bolsonaro, pela história que nós ouvimos dele, não terá candidato no primeiro turno nas cidades grandes. Uma atitude correta por não ter um partido”, explicou
O presidente da República deixou o PSL após debates internos e tentou formar a sua própria legenda, o Aliança pelo Brasil, porém, o grupo não obteve o mínimo necessário para formar um partido para disputar as eleições deste ano. Informações dos principais portais é de que os bolsonaristas que ainda seguem no PSL tentam o seu retorno. Na Capital, a legenda debate dois nomes para a disputa da Prefeitura paulistana: a deputada federal Joice Hasselmann e a deputada estadual Janaína Pascoal.
Eleitor assumido de Jair Bolsonaro nos dois turnos de 2018, Ailton Lima acredita que a possibilidade de rejeição do eleitor do atual Governo Federal em relação ao PSDB pode ser um trunfo, principalmente levando em conta a possibilidade de Doria disputar a presidência em 2022.
Aidan Ravin
Ailton Lima foi informado pela ex-primeira-dama de Santo André, Denise Ravin, que o ex-prefeito Aidan Ravin (Repúblicanos) teve alta após dois meses internado no Hospital Christovão da Gama e agora continuará em casa a sua recuperação em relação a covid-19.
O socialista relatou que em duas conversas que teve com o republicano no hospital, Aidan teria até colocado a possibilidade de abdicar da vice, algo que é descartado por Lima. “O Aidan só vai deixar de ser vice se quiser. Temos a palavra de que vamos juntos até o fim. Ele já nos apoiou no ano passado mesmo sem nada conversado e agora vamos seguir juntos”, concluiu.
Com a estimativa de marcar a convenção para o dia 13 de setembro, Ailton Lima já garantiu o apoio do Repúblicanos, PSC e Democracia Cristã, e vislumbra outras legendas para o seu futuro arco de alianças.