As cidades do ABC registraram uma das menores taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid-19 desde o início da pandemia (em meados de março), segundo as secretarias de saúde da região. A taxa, que já foi de 95% para toda a rede, chegou a 71% na segunda quinzena de maio e nesta quinta-feira (18/6) atingiu a marca de 63%. Já para as enfermarias, a ocupação atual é de 58,5%.
A maior taxa de ocupação continua sendo em Mauá, onde 82,26% dos 299 leitos, entre UTI, semi intensivo e retaguarda estão ocupados. A cidade contabiliza, ainda que 75% dos leitos de UTI particulares estão preenchidos enquanto os leitos de enfermagem alcançaram ocupação de 90%. Já os leitos de enfermagem na rede municipal estão 45% preenchidos. O município designou o Hospital Nardini e de Campanha, além das Unidades de Pronto Atendimento e Hospital Vital para tratamento da doença.
Diadema segue em segundo lugar na listagem, com 80% dos leitos ocupados por pacientes da covid-19. A cidade conta com 30 leitos municipais, sete leitos em hospitais estaduais e outros sete em hospitais privados. A previsão é que haja uma ampliação em pelo menos mais 10 leitos para atendimento dos pacientes em estágio avançado da doença. Outros 61 leitos de enfermaria também foram designados para o tratamento no Hospital Municipal, este que contabiliza taxa de ocupação em 85%.
São Bernardo, que em maio inaugurou o Hospital de Urgência para reforçar o atendimento de pacientes, está com taxa de ocupação em 75%, com 114 dos 151 leitos de UTI ocupados, número 14% mais alto do que o contabilizado no mês passado. São 517 vagas destinadas para o atendimento de novos casos da doença, distribuídos em cinco equipamentos que compõem o completo hospitalar do município. Além dos espaços na UTI, o município possui também 169 leitos de enfermaria, estes com ocupação na faixa de 46%.
Em Santo André a taxa de ocupação nos leitos de UTI chegou a 63,57%, número ligeiramente mais alto se comprado à última semana de maio, em que a ocupação chegou a 57,6%. Ao todo são 413 leitos em hospitais públicos e privados para tratamento da doença, sendo 245 exclusivamente de UTI e 168 de enfermaria, estes que chegaram a 39,22% de ocupação.
Queda nas taxas de ocupação
São Caetano, que atua com pelo menos quatro programas de testagem do coronavírus em andamento, registrou 38% de ocupação nos leitos de UTI, entre o Complexo Hospitalar e Hospital Albert Sabin, taxa 32% menor se comparado ao mês anterior. Até o momento, a ala de enfermaria permanece com 78% da sua limitação comprometida. Adaptações e remanejamentos de leitos podem ser feitos caso haja necessidade.
Ribeirão Pires, que no mês passado apresentou taxa de ocupação de 59% nos leitos de emergência, conseguiu reduzir as internações em 20% e chegou a ocupação de 39% dos leitos de cuidados semi-intensivos. O município que não possui leitos de UTI tem, ainda, 24 leitos de enfermaria no Hospital de Campanha, sendo que 14 permanecem ocupados e outros dois de emergência. A rede particular conta com 20 leitos de UTI adulto e 10 leitos de UTI pediátricos (5 deles UTI neonatal) no Hospital Ribeirão Pires.
Investimentos
Rio Grande da Serra ainda não possui leitos de UTI no município. Em nota, a Prefeitura informa que há previsão para que a cidade receba cinco leitos, que seguem em processo de avaliação. Será inaugurada nos próximos dias a ampliação de leitos na UPA, sendo cinco de enfermaria e um de emergência.