Luiz Henrique Mandetta não é mais o ministro da Saúde. Em publicações feitas pelo Twitter na tarde desta quinta-feira (15), o médico ortopedista revelou a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O oncologista Nelson Teich será o substituto. Exoneração foi oficializada após forte embate entre o agora ex-ministro e o chefe da Nação.
Pelo microblog, Mandetta agradeceu a oportunidade que foi dada de assumir o Ministério, “de ser gerente do nosso SUS (Sistema Único de Saúde), de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”.
“Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no Ministério da Saúde e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de Ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, concluiu.
A decisão foi tomada após reunião entre Mandetta e Bolsonaro, no Palácio do Planalto. A princípio ainda é aguardada uma coletiva de imprensa na sede do Ministério para que outros detalhes sejam divulgados pelo agora ex-ministro.
O médico e o presidente da República entraram em rota de colisão desde o início das medidas protetivas para o não aumento do contágio do novo coronavírus (Covid-19). Mandetta sempre foi favorável ao isolamento horizontal (para todas as pessoas), enquanto Bolsonaro queria o isolamento vertical (apenas para aqueles que são do grupo de risco).
Outro embate foi em torno da cloroquina. Jair Bolsonaro defendeu ferozmente o remédio como a solução para os doentes, enquanto Luiz Henrique Mandetta deixava clara as possíveis consequência do uso do remédio como a possibilidade de problemas cardíacos e de hipertensão que poderia ser causada nos pacientes.