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Desde o início do isolamento social por conta da pandemia da Covid-19, os religiosos estão buscando novas formas de manterem viva sua fé, seja qual for a religião, pois os cultos, missas e qualquer outra atividade que traga aglomeração de pessoas estão proibidas. Deste então os padres têm feito missas transmitidas pela internet e buscado outras formas de manter comunidade religiosa mobilizada. O maior exemplo desta adaptação ocorre nesta semana, Semana Santa para os católicos. Na Sexta-feira Santa, os católicos já não têm missas, mas uma adoração e orações. Este ano os fiéis de todo mundo estão convidados a orar pelo fim da pandemia e a olhar para os idosos, os pobres, doentes e os mais vulneráveis.
O padre Ademir Santos Oliveira, pároco da Igreja de São Judas Tadeu, no bairro Campestre, em Santo André, e vigário-geral da Diocese de Santo André, contou ao RDTv nesta quinta-feira (09/04) que uma das celebrações mais importantes do período pascal é a missa de Lavapés, que simboliza o momento em que Jesus Cristo lava os pés dos apóstolos. Esse é um dos vários ritos que não puderam ser realizados. Como também não irão acontecer as tradicionais procissões desta Sexta-feira Santa. “Esse é um tempo extraordinário, emergencial para o qual não estávamos preparados. No Brasil nunca suspendeu uma celebração litúrgica, sobretudo tão importante como essa. Mesmo com a transmissão das celebrações muitos ritos não vão ser executados, pois pela internet a linguagem é diferente”, explicou o religioso que foi entrevistado pelo jornalista Leandro Amaral.
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Nesta Sexta-feira Santa, as igrejas católicas vão lançar mão de toda tecnologia para reunir os fiéis seja pelas redes sociais, ou videoconferências ou qualquer outra forma de levar a palavra. “É feito um convite universal para que neste ano a prece seja pelo fim da pandemia e pela recuperação dos enfermos da Covid-19. Normalmente a Sexta Santa começa com um grande silêncio na igreja e as 15 horas, momento que, segundo a tradição, seria o da morte de Jesus na cruz se faz uma oração. Vigílias e as procissões do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores, também fazem parte da tradição católica para a data. Neste ano já se fazem até procissões virtuais pelos grupos de whatsapp”, explica padre Ademir
Em casa, o padre orienta os fiéis para que vivam a fé. “Circularam já exemplos bonitos como o pai lavando o pé do filho ou da esposa. São gestos de amor, essas coisas vão valer a pena e vão ser os melhores ritos da Semana Santa. Com amor podemos fazer interiormente esses ritos, olharmos um para o outro, cuidar dos outros, lembrando dos mais pobres, dos esquecidos, dos mais vulneráveis”, encerra o pároco.
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