Os boletins sobre o número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) no ABC, emitidos pelas sete prefeituras e o governo do Estado, apresentam números divergentes. A soma dos dados apresentados por município nesta quinta-feira (26/3) aponta 45 casos, enquanto o governo estadual alega que foram confirmados 49 casos da nova enfermidade.
As divergências estão nos dados de três cidades. Em Santo André, o comando do Paço fala em 12 casos confirmados e o Palácio dos Bandeirantes destaca 16. Além disso, a gestão estadual não lista a morte do senhor de 68 anos por Covid-19, que foi anunciada na última quarta-feira (25/3), pelo prefeito andreense, Paulo Serra (PSDB).
Também há diferença nos dados sobre São Caetano. A Prefeitura informa que 16 moradores contraíram a doença, enquanto o Estado aponta que o número verdadeiro é 17. Em Diadema, houve um caso confirmado, enquanto a cidade nem consta entre aquelas que apresentaram algum enfermo. No caso diademense, o prefeito Lauro Michels (PV) alega que a pessoa acometida com o novo coronavírus foi atendida em outro município (não divulgado).
Nas demais cidades os dados são iguais. Em São Bernardo são 13 casos confirmados, em Mauá o número segue em dois casos e em Ribeirão Pires, um. Rio Grande da Serra é o único município do ABC onde não houve confirmação de casos da Covid-19.
Até o momento são 1.329 casos suspeitos na região: 115 em Diadema; 176 em Mauá; 27 em Ribeirão Pires; cinco em Rio Grande da Serra; 213 em Santo André; 537 em São Bernardo; e 256 em São Caetano. Onze óbitos estão em investigação: três em Diadema; um em Ribeirão Pires; quatro em Santo André; e três em São Caetano.
O que foi informado pelo Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde é que os casos só são confirmados após resultado positivo dos testes feitos nos hospitais e das contraprovas que seguem para os laboratórios. A princípio são dois locais aptos a realizar a análise das contraprovas, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. O governador João Doria (PSDB) anunciou que mais 17 laboratórios serão credenciados no Estado. Além disso, existe expectativa que o número de casos aumente por causa dos testes rápidos que serão exportados da China.