
Nesta sexta-feira (21/2) haverá mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) sobre a greve na Petrobras, que atinge 21 estados e mobiliza, segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), 21 mil trabalhadores. Somente na Recap (Refinaria de Capuava), em Mauá, são 400 trabalhadores parados desde o dia 1º de fevereiro.
Na quinta-feira (20) os sindicatos da categoria realizaram um ato unificado no Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Capital. No final do dia, após a manifestação, assembleias foram realizadas nas bases para suspender o movimento, visando a participação da mediação que foi proposta pelo ministro do TST, Ives Gandra.
Segundo a federação, esta é a maior greve da categoria desde 1995. A paralisação teve início por causa da demissão 396 empregados diretos e 600 indiretos da Ansa (Araucária Nitrogenados), no Paraná. No dia 14 de janeiro, a Petrobras anunciou o fechamento da unidade que fabrica fertilizantes e o desligamento dos operários, que começaram a acontecer após um mês do comunicado. Segundo os sindicatos que reúnem a categoria, o dissídio coletivo foi desrespeitado porque as demissões não foram negociadas.
Em assembleias realizadas pelos 13 sindicatos filiados à FUP, na quinta-feira (20), os trabalhadores do Sistema Petrobras aprovaram a indicação da federação e decidiram suspender temporariamente a greve nacional, que completa 20 dias. Com isso, os petroleiros reforçam a disposição em dialogar com a Petrobras.
Com a suspensão temporária da greve, os quatro integrantes da Comissão Permanente de Negociação – Deyvid Bacelar, Cibele Vieira, Tadeu Porto e José Genivaldo da Silva, da FUP, e Ademir Jacinto, do Sindiquímica-PR (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná) – deixaram o edifício-sede da Petrobras (Edise). Eles irão a Brasília para participar da audiência de mediação, que contará também com a participação do MPT (Ministério Público do Trabalho).