O governo do Estado de São Paulo definiu o Hospital e Pronto Socorro Central de São Bernardo como ponto estratégico para atendimento às pessoas vítimas de acidentes com escorpião no ABC. O assunto foi pauta da reunião do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio Intermunicipal ABC, realizada nesta terça-feira (18/2).
A definição do polo para atendimento foi motivada pelo aumento de acidentes e óbitos, principalmente, de crianças menores de 14 anos, no Estado de São Paulo. O objetivo é garantir que a população seja atendida dentro do tempo convencionalmente definido para a aplicação da soroterapia específica.
De acordo com o Plano de Ação Regional para Acidente Escorpiônico, a região foi classificada como área vulnerável. O documento pontuou que o tempo de deslocamento superava o limite aceitável de segurança de 50 minutos para atendimento do paciente acidentado até o Hospital Vital Brazil, ligado ao Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo, local de referência para aplicação do soro antiescorpiônico em casos de envenenamento grave nos municípios.
O coordenador do GT de Saúde do Consórcio e secretário da pasta em São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho, explicou que o governo estadual dividiu os polos em várias regiões com o intuito de agilizar os atendimentos e que a escolha do Hospital Central foi motivada pela estrutura que a unidade oferece. “A maioria dos acidentes graves é com crianças e no Pronto Socorro Central de São Bernardo temos equipe médica especializada e UTI pediátrica”, explicou.
No novo fluxo de atendimento, o acidentado por escorpião pode dar entrada em qualquer serviço de saúde da região e, em seguida, será encaminhado ao ponto estratégico do território. “As pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua cidade e, se houver necessidade, esse caso será encaminhado para o Pronto Socorro Central”, afirmou Reple.
O Plano de Ação Regional para Acidente Escorpiônico foi elaborado pelo GVE 7 (Grupo de Vigilância Epidemiológica – Região do ABC), pelo Cars ABC (Centro de Apoio Regional I do ABC), pelo DRS I (Departamento Regional de Saúde I) e pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), vinculados à Secretaria Estadual da Saúde, e pelos municípios.