* Por Luciana Brites
O TC (Transtorno de Conduta) não é uma simples desobediência. Bem mais sério do que um momento de pirraça ou birra, o TC é uma das alterações mentais, ou comportamentais, mais frequentes no final da infância ou no começo da adolescência.
A principal característica é o comportamento antissocial, além de insubordinação em qualquer ambiente e furto de objetos de valor. Quando iniciado precocemente, tem grandes chances de ser acompanhado do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Outro detalhe é o fato do TDAH ser a comorbidade mais comum entre crianças com TC (43% dos casos). Além disso, os pacientes do sexo masculino correspondem por uma parcela maior das pessoas diagnosticadas com ambos os distúrbios. Vale ressaltar que o Transtorno de Conduta afeta meninos e meninas de maneira diferente.
O Transtorno de Conduta está ligado a fatores constitucionais e ambientais, como receber cuidados maternos e paternos inadequados; viver em local com discórdias familiares; ser criado por pais agressivos e violentos; e ser filho de mãe com problemas mentais.
A psicoterapia familiar e individual é a principal intervenção realizada para família e para quem tem TC. O tratamento com medicamentos é indicado para quem tem TC associado a outras comorbidades como TDAH.
Fundadora do Instituto NeuroSaber, Luciana Brites é pedagoga especializada em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Unifil Londrina. Também é especialista em Psicomotricidade pelo Ispe – Gae (Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação – Grupo de Atividades Especializadas ) de São Paulo.