Com salários atrasados, professores da Metodista cogitam nova greve

(Foto: Divulgação)

Professores e auxiliares da Universidade Metodista cogitam nova manifestação após voltarem a sofrer com salários atrasados e o não pagamento de benefícios desde novembro do ano passado. Segundo informações, além dos salários dos mais de 150 docentes, falta remuneração do 13º salário e um terço das férias dos professores.

Vítima do descaso por parte da instituição, a professora Cristiane Gandolfi afirma que a categoria sofre com atrasos desde 2015. “Já fizemos diversas greves ao longo de todos esses anos, mas a situação continua a mesma”, reclama. Ainda de acordo com a docente, a Metodista enviou e-mail institucional para os professores com a afirmação que os pagamentos, inclusive de atrasos, seriam feitos até o dia 7 de janeiro, mas a data não foi cumprida. “Tivemos que passar o período de festas sem sequer um tostão”, completa.

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A professora Rosana Vellucci aponta ainda que nem sequer o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é depositado. “Desde 2015 sofremos com isso. A parte mais triste desse processo é a falta de transparência dos gestores da instituição”, diz indignada. A docente aponta ainda que, mesmo com dois dissídios de greve com compromissos assumidos perante ao MPT (Ministério Público do Trabalho), os acordos de pagamento não foram cumpridos.

A presidente do SinproABC (Sindicato Professores do ABC), Edilene Arjoni, diz que assim que voltarem do recesso, no dia 21 de janeiro, a primeira pauta será reunião com trabalhadores para decidir se haverá manifestação e quais serão as providências para cobrar as multas da Metodista. “Nesse momento estamos em contato com todos os professores inclusive com representantes dos funcionários para tomar as providências corretas”, explica.

Segundo a sindicalista alguns professores foram demitidos irregularmente e também devem entrar em discussão na Justiça do Trabalho. “Houve um desrespeito imensurável do que foi acordado com a Metodista e nem sequer recebemos um retorno da instituição. Sem solução ou acordo, vamos nos movimentar e manifestar a favor dos trabalhadores”, completa.

Em nota enviada nesta quinta-feira (9/1) o Instituto Metodista de Ensino Superior, entidade mantenedora da Universidade Metodista de São Paulo, informou que as obrigações para com os funcionários e docentes estão sendo regularizadas paulatinamente.

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