Com vendas agitadas desde dezembro do ano passado, uma parcela de comerciantes da região segue esperançosa com a volta às aulas. Isso porque de acordo com o movimento visto nas últimas semanas, o varejo deve apresentar incremento de 15% a 20% nas vendas em relação ao mesmo período de 2019, com mochilas, estojos e cadernos nas principais saídas.
Em Santo André, a loja Nivalmix, situada no centro da cidade, já apresenta resultados positivos com as vendas desde o começo de dezembro. De acordo com o gerente da unidade, Renato Alexandre Cruz, desde o mês passado o movimento tem sido bom, isso porque muitos pais, especialmente de alunos da rede particular, se anteciparam na compra do material escolar. “Geralmente as compras no fim do ano e janeiro são exclusivas para pais de alunos da rede particular, pois as voltam mais cedo”, explica o gerente.
Ainda na visão do varejista, os pais de alunos matriculados na rede pública devem demorar para procurar o comércio, principalmente por conta dos tradicionais “Kits escolares” entregues nas escolas. “Normalmente os pais esperam a entrega dos kits para ver o que falta e depois ir em busca do comércio para comprar o complemento, mas ainda sim não deixam de vir”, garante.
A concorrente Miamor, que também tem unidade no centro de Santo André, se prepara desde julho do ano passado para bater a meta de incremento em 12% nas vendas este ano. Mesmo com o tradicional cenário que requer planejamento financeiro, a loja aposta melhora nas vendas com produtos a valores promocionais desde o início do ano, entre eles mochilas e cadernos. “Vendemos produtos a preços tabelados, mas temos materiais com valores bem atraentes”, explica o gerente Welington Marques ao reiterar ainda que, dependendo da falta de procura, um ou outro material também deve entrar na promoção.
Ainda em Santo André, a operadora de loja Cíntia Marques explica que boa parte da clientela já comprou o material escolar após o recebimento do décimo terceiro salário, no fim do ano passado. Com média de 50 estojos vendidos ao dia, a expectativa é que a loja tenha incremento 20% nas vendas até início do ano letivo. “Estamos preparando nosso estoque desde agosto do ano passado e pretendemos fazer boas vendas”, projeta.
Procon orienta
O Procon orienta os pais a ficarem atentos aos itens descritos na lista de material escolar, pois muitas escolas aproveitam o momento para inserirem pedidos desnecessários ou em grandes quantidades. O órgão de defesa do consumidor está atento a tal prática, notificando as instituições denunciadas, inclusive multando aquelas que descumprirem a legislação.
A escola não pode incluir na lista de material escolar produtos de uso coletivo, higiene e limpeza, bem como imputar cobrança de taxa com o objetivo de suprir despesas como conta de água, luz, telefone e impressões. A instituição de ensino também não pode exigir que a aquisição seja realizada exclusivamente na própria escola, pois fere o direito à escolha do consumidor, salvo se o material for de método de ensino específico, desde que avisado previamente.
Confira o valor médio dos materiais analisados nos comércios citados na reportagem: