A bancada do PT e representantes do Partido Novo protocolaram nesta segunda-feira (16), projetos para revogar o aumento do salário dos vereadores de São Bernardo de 26,5% a partir de 2021. Segundo fontes próximas a base governista, uma proposta da Comissão de Finanças e Orçamento para o mesmo objetivo está pronta, mas ainda existem dúvidas de alguns legisladores.
Oficialmente os dois projetos já protocolados já são de conhecimento do presidente da Câmara, Juarez Tudo Azul (PSDB), porém, ainda não passaram por análise oficial. A informação é de que ambos não serão votados, pois apenas a Comissão de Finanças e Orçamento tem poder para realizar essa propositura. Tal Comissão é formada por: Bispo João Batista (Republicanos); Ivan Silva (SD); e Ary de Oliveira (PSDB).
A proposta deste grupo já está pronta e conta com a assinatura dos 17 vereadores da base governista para votação em regime de urgência. Neste caso, uma possível análise em plenário só aconteceria em 2020, após o recesso. No próximo dia 23 haverá uma sessão extraordinária para votar apenas o segundo turno da Reforma da Previdência Municipal e a autorização para a unidade do Bom Prato Dia e Noite na região do Grande Alvarenga. Não haverá novas sessões neste ano.
Internamente parte da base ainda não está convencida em aprovar a revogação. Duas reuniões foram marcada para esta semana para debater este assunto. O prefeito Orlando Morando (PSDB) será consultado, mas por lei não pode agir diretamente para acabar com o aumento.
Política
Ainda existe internamente a disputa política sobre as consequências de uma possível revogação. Vereadores não escondem o descontentamento com colegas que teriam espalhado a informação de que foram contra o aumento do salário, mas que não se posicionaram desta maneira em plenário.
A proposta aprovada na semana passada foi aprovada por um acordo de lideranças. Neste caso, os 12 líderes assinam um acordo com várias propostas. A lista de projetos é lida em plenário. Após a leitura qualquer um dos 28 vereadores podem impugnar o acordão, porém, não houve qualquer movimentação para isso, o que gerou a aprovação de todos os projetos, inclusive o aumento salarial, por unanimidade.
Outro ponto que irritou outros vereadores foi o protocolo de Joilson Santos (PT) para não receber o aumento. Como a mudança salarial só vale para 2021, não há uma garantia para que Santos pudesse protocolar a devolução da diferença do aumento, pois o petista precisaria ser reeleito e fazer este após a nova posse.