
Pesquisa realizada pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista aponta que a maioria dos consumidores do ABC (52%) está disposta a realizar a ceia de Natal na casa de parentes e amigos. O que revela que as famílias da região são bem tradicionais quanto ao espírito natalino de confraternização familiar. O estudo aponta ainda que o consumidor espera gastar com a ceia em torno de R$ 425, em média. A pesquisa ouviu 573 pessoas nas sete cidades.
Dos entrevistados apenas 2% declararam que vão aderir às ceias de Natal oferecidas por restaurantes e hotéis. A questão pode é cultural e econômica também, já que a ceias costumam pesar bastante no bolso do consumidor, se comparada a ceia compartilhada com parentes e amigos.
O levantamento é parte da PIC (Pesquisa de Intenção de Compra) de Natal que já foi divulgada. Mas é a primeira vez que a vertente Ceia de Natal é pesquisada. Chama atenção que apenas 36% dos entrevistados preveem gastar mais do que no ano passado, do restante, 51% pretende gastar o mesmo que em 2018 e 13% planeja gastar menos. “Não temos um histórico de dados para comparar, mas é importante o consumidor está preocupado com os gastos. Isso é reflexo da retração de renda e do desemprego”, analisa o professor Sandro Maskio, um dos coordenadores da pesquisa.
A esmagadora maioria dos pesquisados, 74%, considera que a mesa natalina contar uma Ave assada, sendo ela Chester ou Peru. As frutas também não podem faltar segundo 69% das pessoas que responderam o questionário. Entre os pratos quentes a carne assada também é uma das preferidas e 69% disse quem a colocarão na mesa. O panetone também foi citado por 60%. O peixe foi lembrado apenas por 18%. “É uma questão cultural a ave na mesa de Natal, mas o preço da carne também ajuda (a preferência pelas aves)” disse o professor. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), entre 31 de outubro e o final de novembro, o preço real da carne aumentou em 35,3% em São Paulo.
PIC
Conforme a tradicional PIC de Natal, o preço médio que consumidores da região estão dispostos a pagar por presente é de R$ 132, uma queda real (descontada a inflação) de 21,5% em relação a 2018. Já os gastos totais de uma família (mais de um presente) chegarão a R$ 406 em média, ou queda real de 4%.
Em movimentação comercial, a Pesquisa de Intenção de Compra, que é realizada pelo Observatório Econômico da Metodista, estima para os sete municípios um giro com presentes de aproximadamente R$ 286 milhões, também queda real de 4% em relação aos R$ 291 milhões de 2018.