Por unanimidade, a Câmara de Santo André aprovou nesta quinta-feira (28) o projeto de lei de reclassificação para várias categorias no setor público. Apesar dos avanços citados pelos próprios vereadores, parlamentares reclamaram dos motivos que não fizeram com que os outros grupos de servidores tivessem o mesmo direito.
A propositura foi a última a ser enviada pelo prefeito Paulo Serra (PSDB). A princípio, a votação só aconteceria no ano que vem, porém, para evitar problemas com a lei eleitoral o debate e avaliação em plenário foram antecipados.
Houve reclassificação para os cargos de: assistente social, desenhista, desenhista projetista, fiscal de obras particulares, fiscal de limpeza pública, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, motorista, pedagogo, porteiro, químico, sociólogo, técnico agrícola, técnico em agrimensura, telefonista, terapeuta ocupacional e tratador de animais.
As mudanças ocorrem devido a nomenclatura diferente para a mesma função que também gerava divergência nos vencimentos recebidos por cada servidor, mesmo trabalhando no mesmo setor. A expectativa é que a próxima lista só venha após as eleições do próximo ano.
Apesar da unanimidade, os vereadores de oposição reclamaram da demora para que tal reclassificação fosse feita logo para outras categorias. “Existem categorias que esperam há tanto tempo. Queria saber qual é o motivo desta demora? Houve avanço, mas poderiam ter feito muito mais. Sou servidor e sei desses problemas”, disse o vereador Sargento Lobo (SD).
“Muitos vieram ao Legislativo, inclusive na época em que eu era o líder de governo, para fazer suas reivindicações e todos têm razão. Tenho todos os documentos dos pedidos feitos e o prefeito está fazendo aquilo que é possível e temos avançado. Vamos trabalhar para tentar emplacar o mesmo direito para as outras categorias”, falou o presidente do Legislativo, Pedrinho Botaro (PSDB).
Nas galerias, os servidores e representantes do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) Santo André aplaudiram a aprovação do projeto de lei, porém não deixaram de reivindicar novas reclassificações, principalmente na área da saúde, que segundo os sindicalistas, está em espera há pelo menos três décadas.