O debate sobre a formação das chapas para o comando das prefeituras já começou nos bastidores políticos e a pauta da vez são os vices. A 10 meses ainda para a eleição, políticos já procuram aliados para compor as futuras duplas nas urnas. Em três das sete cidades da região os eleitos para os cargos de expectativa são cotados ou garantidos como os nomes para tentar liderar os respectivos paços entre 2021 e 2024.
Denominado “vice dos sonhos” em 2016, o segundo na hierarquia da Prefeitura de Santo André, Luiz Zacarias (PTB), evita comentários sobre a disputa interna para ocupar o espaço ao lado do prefeito Paulo Serra (PSDB). Nomes como o do líder de governo, Fabio Lopes (Cidadania), e do superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), Almir Cicote (Avante), são ventilados de maneira insistente nos bastidores, mas a definição está longe de acontecer.
No caso de São Caetano, o cenário é parecido. Beto Vidoski (PSDB) busca a discrição e mantém normalmente seu trabalho como secretário de Esportes, Lazer e Juventude, mas também não é visto como garantido ao lado de José Auricchio Júnior (PSDB) na urna. O presidente da Câmara, Pio Mielo (MDB), e o líder de governo, Tite Campanella (Cidadania), entraram na lista de cotados. Mas todos ainda esperam pela decisão da Justiça Eleitoral sobre o caso das doadoras para que as conversas possam avançar.
Em São Bernardo, a participação do vice-prefeito e secretário de Serviços Urbanos, Marcelo Lima (PSD), não é mais questionada. O nome do então presidente da Câmara, Ramon Ramos (morto em outubro), era colocado como opção, mas em vida o pedetista rejeitava a possibilidade. Lima é visto como o acesso do prefeito Orlando Morando (PSDB) aos votos dos eleitores dos bairros periféricos.
Quem também não questiona é o vice de Ribeirão Pires, Gabriel Roncon (PTB). Com forte participação nos grupos políticos da cidade, o petebista não passa por qualquer questionamento para ser novamente o companheiro de chapa de Kiko Teixeira (PSB). Apenas aguarda o chefe do Executivo definir a mudança para o PSDB.
Cabeças de chapa
‘Plano A’ do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), o agora deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) é encarado por toda a classe política do Município como o nome a representar o grupo governista nas eleições de 2020. Porém, duas situações colocam em xeque essa possibilidade. A primeira é o forte trabalho que o parlamentar realiza para sua legenda. Além de líder do Podemos na Assembleia Legislativa, Márcio virou ponto de referência para a articulação do partido. O segundo ponto são os seus problemas cardíacos, o que é dado como justificativa de sua família para que evite um novo estresse eleitoral.
Em Mauá é mais do que certa a participação de Alaíde Damo (MDB) nas eleições de 2020. Rompida com Atila Jacomussi (PSB) desde maio de 2018, a emedebista intensificou sua participação nas redes sociais ao falar sobre os feitos de suas três passagens pelo comando da Prefeitura de Mauá.
Outro nome certo nas urnas, mas no caso de Rio Grande da Serra, é de Marilza de Oliveira (PSD). Com a “benção” do prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania) e com base nas pesquisas internas, a atual vice-prefeita venceu outros oito nomes para receber a indicação para a pré-candidatura.