Pressão é a palavra que pode ser entendida das mais diversas formas quando o tema da conversa é a entrega do serviço de distribuição de água em Mauá para a Sabesp. O novo entendimento sobre o termo surge no sentido de pressionar pela assinatura do acordo entre o município e a autarquia estadual ainda neste ano.
As palavras do superintendente da companhia, Roberval Tavares, sobre o assunto apenas colocam mais lenha em uma fogueira que, fatalmente, não vai terminar com o futuro acordo. É bom lembrar que estamos às vésperas da eleição municipal, e tanto governistas quanto oposicionistas querem beber dessa água.
Claro que há um interesse comum para resolver o problema da falta de água em Mauá, mas o componente político-eleitoral colabora (e colaborou) para que qualquer negociação não seja feita de maneira muito fácil. Basta lembrar que o início das negociações começou com a vice-prefeita Alaíde Damo (MDB) e será concluída com o prefeito Atila Jacomussi (PSB), ambos pré-candidatos em 2020.
Também existe a pressão dos vereadores que também querem aparecer na história, principalmente com a questão da transparência no debate e na minuta do contrato (que está pronta). Tentam colocar a população no meio da conversa, mas também visam os futuros votos.
E por fim a pressão mais legítima, o da população, que quer o problema resolvido o mais rápido possível e com toda a razão. É inadmissível que em pleno século 21 existam problemas com saneamento básico, algo tão importante, principalmente quando se leva em conta as consequências na área da saúde.
Novos capítulos serão conhecidos nos próximos dias e, finalmente, vamos saber das reais consequências políticas e sociais para os mauaenses, e os reais motivos para todas essas pressões.